sábado, 5 de janeiro de 2013

Cerca de 2,6 mil pessoas deixaram suas casas por causa da chuva no RJ



Regiões Serrana e Costa Verde são as áreas mais vulneráveis.
Solo encharcado pode levar a deslizamentos, segundo Defesa Civil.


O número de pessoas que tiveram que deixar suas casas por causa do temporal que atingiu o estado do Rio de Janeiro já chega a cerca de 2,6 mil, entre desalojados e desabrigados. As informações são mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil estadual, na noite desta sexta-feira (4). A chuva deixou um morto e um desaparecido em Xerém, na Baixada Fluminense.
Um menino de 9 anos que estava desaparecido em Nova Iguaçu foi encontrado na noite desta sexta com vida. Segundo a Secretaria de estado de Defesa Civil, ele estava perto do bairro de Santa Eugênia. O Corpo de Bombeiros fez os primeiros atendimentos e o encaminhou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cabuçu, sem ferimentos graves. O funcionário da Cedae Enéas Paes Leme segue desparecido.
Uma segunda morte, de Roberto Maggessi de Souza, que foi atingido por uma árvore após deslizamento de terra no Alto da Boa Vista, não foi contabilizada pela Defesa Civil como causada pela chuva.
A maior preocupação da Defesa Civil em relação à chuva são as regiões Serrana e Costa Verde, no Sul do Rio de Janeiro, principalmente, por causa do solo encharcado. Segundo o superintendente do órgão, Luis Guilherme Ferreira, em Angra dos Reis, na Costa Verde, o acumulado de chuvas chega a 312 milímetros o que torna a região muito sensível a novos desastres. "A Costa Verde e a Região Serrana devem ter a atenção redobrada por serem áreas de encostas" afirmou Luís Guilherme Ferreira.

Já em Angra dos Reis e Mangaratiba, na Costa Verde, foram registrados deslizamentos. Em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, por causa do deslocamento de água vindo de Duque de Caxias, município vizinho, houve inundação de ruas em vários pontos da cidade.De acordo coma Defesa Civil, na Região Serrana, as comunidades atenderam ao sistema de alerta e deixaram suas casas. "O alarme é o único método atualmente que pode salvar vidas", disse Ferreira, sobre as sirenes de alerta.

O município de Paracambi, na Baixada Fluminense, também entrou para a lista das cidades afestadas pela chuva por causa da maré alta na Baía de Guanabara, o que dificulta o escoamento das águas.
Segundo o coronel Ferreira, a equipe dos bombeiros continuará reforçada nos próximos dias. A Defesa Civil estadual espera que haja estiagem por pelo menos três dias para que o trabalho de socorro dos bombeiros seja facilitado.
Veja abaixo os detalhes do boletim da Defesa Civil, divulgado às 18h desta sexta-feira.
4 de janeiro - Homem anda por entulho levado pela chuva em Xerém, Duque de Caxias. (Foto: Fábio Teixeira/Estadão Conteúdo)Cenário de destruição em Xérem, distrito de Duque de Caxias (Foto: Fábio Teixeira/Estadão Conteúdo)
Angra dos Reis
Houve transbordamento do Rio Perequê, no distrito de Mambucaba, e enxurrada no Rio Caputera. Três pessoas ficaram feridas, 320 desalojadas, 160 desabrigadas e 2.380 foram evacuadas das áreas de risco. Nove casas foram destruídas e 38 danificadas.

Houve rolamento de pedras na BR –101 e na Estrada Junqueira. Cinco edificações foram danificadas e uma destruída. Em Constância, houve desabamento de muro, com destruição de uma casa.

Foram registrados deslizamentos de terra também em Fazenda Ingaíba, RJ-014, Ribeira, Axixa, Parque Bela Vista, Palha e Cachoeira I e II. Moradores foram evacuados de Conceição de Jacareí. Não houve feridos na cidade. Ao todo, são 90 desalojados.
Houve transbordamento do Rio Saracuruna, Inhomirim e Capivari. A enchente deixou um morto, um desaparecido, mil pessoas desalojadas e outras 276 desabrigadas. Ao todo, já foram contabilizadas 45 casas destruídas e 200 danificadas.

Moradores de Mangaratiba usam barcos para se deslocarem (Foto: Carolina Lauriano/G1)
Moradores de Mangaratiba tiveram de usar barcos
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
O deslocamento de água de Duque de Caxias provocou estragos no município vizinho: Belford Roxo. A inundação já deixou 550 desalojados e oito desabrigados.

A chuva provocou transbordamento do Rio Botas e um menino de 9 anos está desaparecido.

A enxurrada no Rio dos Bois danificou 17 casas e deixou 35 pessoas ficaram desalojadas.

Paracambi
Foram registrados pontos de alagamento, deixando 30 desalojados.

Houve transbordamento dos Rios Bingen e Piabanha e escorregamento nos bairros Alto Independência, Siméria, São Sebastião. São 30 desalojados, três casas destruídas e quatro danificadas.

Houve transbordamento do Rio Paquequer, provocando alagamento em várias localidades como Alto, Várzea, Vale da Revolta e Caxangá. Ao todo, são 112 desalojados.

Fonte: G 1 Rio

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