A NFL pode ter, na próxima temporada, o primeiro jogador abertamente gay de sua história. Em entrevista ao New York Times no domingo, Michael Sam, da Universidade de Missouri, revelou publicamente sua homossexualidade. O atleta de 24 anos foi eleito o Jogador Defensivo do Ano da Conferência Sudeste da liga universitária na última temporada e é uma potencial escolha nas primeiras rodadas do próximo draft da NFL, que será realizado em maio.
Michael Sam revelou ser gay, no último domingo (Foto: Getty Images)
- Eu sou gay. Só quero ter certeza de que poderia contar minha história do jeito que desejo. Quero ser dono da minha verdade. Sei o quão importante isso é. É um negócio sério. Ninguém fez isso antes. É um processo complicado, mas eu sei o que quero: quero ser um jogador na NFL - disse Sam na entrevista.
Em um comunicado enviado também no domingo, a NFL abriu as portas para o jogador:
- Nós admiramos a honestidade e a coragem de Michael Sam. Michael é um jogador de futebol americano. Qualquer atleta com habilidade e determinação pode ter sucesso na NFL. Estamos ansiosos para dar as boas-vindas e apoiar Michael Sam em 2014.
Apesar de ter revelado publicamente ser gay, Sam já havia confessado sua orientação sexual aos companheiros de Missouri há cinco anos. Os outros jogadores da equipe inclusive usaram as redes sociais para aplaudi-lo.
Homossexualidade causa polêmica na Rússia
Enquanto a principal liga de futebol americano dos Estados Unidos abraça a causa de Michael Sam, a Rússia, que está organizando os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, parece nadar contra essa corrente. Por causa da lei antigay assinada pelo presidente Vladimir Putin, que proíbe a promoção da homossexualidade a menores de idade, até mesmo atletas podem ser presos caso não sigam a lei. Em protesto, o saltador britânico Tom Daley, que já revelou ser gay e estar apaixonado por um homem, se retirou, neste domingo, de um torneio no país.
A lei antigay provocou uma onda de críticas internacionais e ameaçaram ofuscar as Olimpíadas de Inverno de Sochi. Os opositores do governo afirmam que a legislação contribui para o aumento da discriminação e até mesmo ataques físicos contra gays. Os defensores dizem que a Rússia precisa proteger as crianças, preservando os valores da sociedade.
Fonte: GloboEsporte.comNova York
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