domingo, 5 de maio de 2013

Após desabamento que matou 500 em Bangladesh, empresas ocidentais são pressionadas

                        

                                                             
Após desabamento que matou 500 em Bangladesh, empresas ocidentais são pressionadas
Foto: Reprodução
Algumas questões vieram à tona sobre por que um edifício de uma fábrica em Bangladesh não foi fechado após operários aterrorizados terem notificado a polícia, autoridades do governo e um poderoso grupo da indústria de vestuário sobre as rachaduras nas paredes. Reportagem do iG informa que oficiais da polícia e da indústria culparam os chefes das oficinas de costura de garantir que a estrutura do prédio era boa, levando à decisão de permitir que 3 mil operários voltassem ao trabalho. Quatro dias após o desabamento que deixou até agora mais de 500 mortos, o proprietário do prédio Rana Plaza foi preso. Empresas europeias e norte-americanas que haviam prometido tomar medidas pela segurança das fábricas de Bangladesh que produzem suas mercadorias estavam sob pressão para tomar uma atitude desde um incêndio mortal em novembro. Entre os escombros foram encontrados rótulos e documentos que ligam as fábricas a grande marcas ocidentais como Benetton, Children’s Place, Mango e outras. Ainda de acordo com a reportagem do iG, a PVH, a empresa-mãe das marcas Calvin Klein e Tommy Hilfiger, endossou um plano no qual os varejistas ocidentais financiariam os esforços de segurança anti-incêndio e as melhorias estruturais nas fábricas de Bangladesh. Inicialmente o Wal-Mart se recusou a participar, mas, em janeiro, anunciou medidas contra as fábricas que cometessem violações de segurança e demissão para empreiteiros que utilizassem fábricas não aprovadas ou pouco seguras. Bangladesh é o segundo maior exportador mundial de vestuário, e a indústria têxtil nacional depende de uma fórmula de baixos pagamentos da qual o salário mínimo é de cerca de US$ 37 por mês, menos de R$ 100. Os sindicatos são quase inexistentes na indústria. O sindicalista Aminul Islam foi morto no ano passado em um caso que ainda não foi resolvido.
 
Fonte:  Bahia noticias

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