Israel nunca admitiu publicamente ter armas químicas ou nucleares
Israel nunca admitiu publicamente ter armas químicas ou nucleares
O governo israelense vai estudar seriamente assinar o tratado internacional que proíbe armas químicas depois que a Síria anunciou que destruirá seu próprio arsenal tóxico, disse o presidente de Israel, Shimon Peres, nesta segunda-feira (30).
Israel permanece como um dos seis países no mundo que não assinaram a Convenção de Armas Químicas de 1997, depois da adesão síria neste mês.
“Tenho certeza de que nosso governo irá analisar isso seriamente”, disse Peres a repórteres em Haia, a cidade holandesa que sedia a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que supervisiona a convenção.
Assim como com seu arsenal nuclear, Israel nunca admitiu publicamente ter armas químicas. O ministro da Inteligência, Yuval Steinitz, disse este mês que Israel estaria pronto para discutir a questão quando houvesse paz no Oriente Médio.
O papel de Peres como chefe de Estado é amplamente cerimonial, mas ele é uma figura influente no palco mundial e foi fundamental para transformar Israel em uma potência nuclear não declarada nos anos 1960.
Sob uma proposta russo-americana, a Síria se comprometeu a destruir seu arsenal de armas químicas dentro de nove meses. Acredita-se que a Síria tenha cerca de 1.000 toneladas métricas dos agentes nervosos sarin, mostarda e XV.
Uma equipe de inspetores de armas da Opaq seguirá para a Síria nesta semana para fazer um inventário dos estoques químicos e munições para determinar como e onde destruí-los.
A Síria passou décadas construindo seu programa de armas químicas, em grande parte para conter a superioridade militar de Israel no Oriente Médio.
Peres disse que a Síria só assinou a convenção quando se deparou com a ameaça de força militar, mas acrescentou que Israel iria de toda forma considerar um pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que todos os países assinassem o tratado.
As outras nações que não assinaram a convenção são: Mianmar, Egito, Angola, Coreia do Norte e Sudão do Sul.
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Fonte: G1