sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Trânsito foi liberado na pista expressa por volta das 15h, afirma CET.


Após duas horas de protesto, pistas da Marginal Tietê são liberadas

Manifestantes protestavam por moradias na região e queimaram madeiras.


Protesto fechou pistas da Marginal Tietê, no sentido Rodovia Ayrton Senna, entre as 13h15 e as 15h10 desta sexta-feira (27), de acordo com a Polícia Militar. (Foto: Mauricio Camargo/Brazil Photo Press/Folhapress)



Um protesto fechou pistas da Marginal Tietê, no sentido Rodovia Ayrton Senna, entre as 13h15 e as 15h10 desta sexta-feira (27), de acordo com a Polícia Militar. Manifestantes atearam fogo em pneus e em pedaços de madeira para impedir a passagem dos carros. O bloqueio foi montado pouco antes da Ponte Orestes Quércia.

Às 14h30, uma faixa da pista expressa tinha sido liberada ao tráfego. Como os manifestantes insistiam em manter a interdição, policiais usaram bombas de efeito moral contra o grupo por volta das 14h40. Os manifestantes revidaram arremessando pedras. Somente pouco antes das 15h, após a chegada de uma equipe do Corpo de Bombeiros e outra da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito na pista expressa foi liberado. Os manifestantes liberaram a pista local por volta das 15h10.


A Polícia Militar afirma que cerca de 70 pessoas participavam do ato. O protesto ocorria ao lado de uma ocupação organizada por movimentos a favor de moradias populares.

Às 15h, a CET registrava cerca de 10,8 km de filas nas pistas local e expressa da Marginal Tietê, no sentido Rodovia Ayrton Senna. As filas iam da Rodovia Castello Branco até a Ponte da Casa Verde. Já na pista central, na mesma direção, havia 10,1 km de lentidão entre a Ponte dos Remédios e a Ponte da Casa Verde. No horário, a CET registrava 104 km de congestionamento em São Paulo. O índice permanece acima da média desde o início das medições, às 7h desta sexta-feira.

A Prefeitura de São Paulo informou no início da noite desta sexta que a ordem de reintegração de posse do terreno sob a ponte Orestes Quércia foi suspensa por 90 dias. Segundo a nota, "o terreno foi invadido no início de julho, e a Prefeitura negociou com as famílias a desocupação pacífica. No acordo firmado em 22 de julho, a prefeitura se comprometeu com o cadastramento das famílias nos programas habitacionais do município, desde que desocupassem a área até o fim de agosto".

No entanto, de acordo com o documento, das 450 famílias cadastradas pela Secretaria de Habitação nos dias 21 e 22 de julho, cerca de 80 permaneceram no local. Também ocorreram novas ocupações no local após o cadastramento. A administração municipal estuda a apresentação de um recurso a partir da próxima semana.

Frases e ocupação
O grupo escreveu frases no asfalto explicando os motivos do protesto. "Quem acha palhaçada é porque tem casa", afirmavam em uma delas. Além disso, o grupo usava cartazes para explicar os motivos do protesto.

Em julho, cerca de 350 famílias ocuparam terreno embaixo da Ponte Orestes Quércia – conhecida como Ponte Estaidinha - e iniciaram a construção de barracos. O terreno foi dividido em lotes, cada um com mais ou menos 6 metros quadrados. Os barracos são feitos de madeira e o local não possui energia elétrica. Na área ocupada antes funcionava parte do Clube de Regatas Tietê.

No dia 23 de julho, a Prefeitura de São Paulo firmou acordo com os ocupantes de um terreno e as famílias se comprometeram a apresentar uma proposta de desocupação e de entrega do terreno. De acordo com a assessoria da Prefeitura, as famílias foram cadastradas pela Secretaria Municipal de Habitação e serão incluídas em programas habitacionais.

Manhã caótica
A lentidão da manhã foi causada após um acidente na Ponte Cidade Jardim, na Zona Sul. Pouco antes das 5h, um carro derrubou um poste - parte da estrutura ficou pendurada sobre o canteiro central da Ponte Cidade Jardim e parte sob a pista expressa da Marginal Pinheiros, sentido Castello Branco. Três faixas ficaram bloqueadas por mais de seis horas e só foram liberadas às 11h30.



Fonte: G1 SP

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