quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Dieta maluca do Padre Marcelo Rossi traz risco a saúde





Hipoglicemia, alteração na pressão arterial, taquicardia e até problemas renais e hepáticos são os riscos que podem causar dietas muito restritivas, como a que Padre Marcelo Rossi revelou ter adotado em entrevista ao Fantástico deste domingo (8), de acordo com a nutricionista Simone Martens. Segundo o padre, a "dieta maluca" que adotou por seis meses consistia em comer alface, cebola, e dois hambúrgueres pela manhã e um hambúrguer depois das 18h. Hoje, recuperado e se alimentando como deveria, ele carrega ferimentos de um acidente que sofreu na esteira ergométrica - durante o período de dieta, ainda manteve as atividades físicas. Um dos maiores erros cometidos pelo Padre Marcelo foi a eliminação de carboidratos de sua alimentação, comenta a nutricionista. "O nutriente principal para nos dar energia é o carboidrato. Uma vez que a pessoa não está se alimentando de carboidrato ela começa a ter queda de glicose no sangue, pode alterar pressão e com o tempo pode causar taquicardia", afirma. De acordo com Simone, os cerca de 40 quilos que Padre Marcelo Rossi revelou perder foram principalmente devido à eliminação de massa magra. "Com essas dietas muito restritivas, a pessoa começa a ter muita perda de massa muscular. Então aquele peso rápido que ela perde está relacionado mais com massa magra do que com gordura", explica. A nutricionista comenta que a perda deste tipo de massa também costuma levar a fraqueza, mal estar e debilitação do sistema imunológico. Além da falta de carboidratos, o consumo de apenas um tipo de proteína, a da carne vermelha do hambúrguer, pode agravar os riscos à saúde. "Ele estava comendo praticamente proteínas em quantidade insuficiente. E só de um tipo, que é a da carne. Faltavam outros tipos, como derivados de leite e principalmente carboidratos", diz Simone. Segundo a nutricionista, o consumo diário de carne vermelha não é recomendado, porque é o tipo de carne que contem teor de gordura saturada elevada. "O processo de digestão também é mais lento do que o da carne branca. Por isso é bom intercalar com frango e principalmente com peixe, com teor de gorduras boas – mono e polisaturadas – que ajudam a regular o colesterol e nosso organismo consegue trabalhar mais facilmente com relação à regulação das taxas de gorduras no sangue", comenta. Os primeiros órgãos a sofrer com uma dieta com excesso de proteína e falta de carboidrato são os rins e o fígado. Caso a pessoa já tenha algum problema nestes órgãos ou pré-disposição a isso, o quadro pode se agravar. "Se a pessoa já tem predisposição a problema renal ou hepático ela pode realmente desenvolver alguma doença, porque eles ficam sobrecarregados no processo de filtrar a proteína, que é um nutriente pesado", diz Simone. (Bem Estar)

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