
A matéria o classificou como emocional, tanto que foi “diagnosticado” pelos agentes com a Síndrome de Estocolmo, transtorno mental no qual alguém submetido a certo grau de privação ou intimidação se afeiçoa pelo algoz. Tanto que, ao deixar a custódia, após fechar delação premiada, Costa abraçou policiais e soltou, com lágrimas nos olhos, um “obrigado por tudo”.
Passado o choque da detenção, executivos de empreiteiras envolvidas no esquema usaram o tempo para projetar melhorias. Não puderam tocar a obra, mas há relatos de que a água quente passou a beneficiar todos os presos.
Um gaiato chegou a chamar o projeto de “Minha Cela, Minha Vida”, numa alusão irônica ao programa habitacional da presidente Dilma para pessoas de baixa renda.
A publicação da ‘Folha’ afirma que os figurões fizeram encomenda de luxo ao se deparar com cobertores de lã que dão alergia. Dias depois, conjuntos de edredons e roupas de cama foram entregues. No delivery, havia também uma cesta de uvas, chocolates suíços e água Perrier. A comida entrou, mas sob a promessa de que a regalia não seria repetida. Já os edredons da marca MMartan foram devolvidos.
“Bullying”, malhação e leitura
Os presos só desistiram do “bullying” contra o ex-deputado André Vargas, um dos novatos no cárcere, porque um policial ameaçou os algemar. É que os detentos tramavam recepciona-lo com o punho cerrado para o alto. Gesto feito por ele às costas do então relator do julgamento do mensalão, Joaquim Barbosa.
Como os dias demoram a passar na cadeia, os presos da Lava Jato resolveram ampliar a biblioteca e fazer rodízio de livros. Como o doleiro Alberto Youssef, que já leu cinco livros por semana.
Já Sérgio Mendes, executivo da Mendes Júnior, se transformou numa espécie de “personal trainer” dos colegas, colocando-os para se exercitar. Coincidência ou não, o estado de saúde dos demais presos melhorou.
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Fonte: Folha
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