quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Árbitros do Brasileiro ameaçam greve



Os homens do apito podem colocar em risco o Campeonato Brasileiro. Os árbitros estudam fazer um protesto em todas os jogos da 18ª rodada da competição, nesta quarta-feira e também na quinta. A manifestação tem como alvo o veto da presidente Dilma Rousseff, no início de agosto, ao artigo da MP 671 do Futebol, que concederia à arbitragem, como direito de arena, 0,5% da verba proveniente da transmissão das partidas. - A gente está estudando ainda como será o protesto - afirmou ao blog Extracampo o presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), Marco Antônio Martins. - Às 18 horas, vamos lançar uma nota. A princípio não vai afetar a rodada. Iniciaremos uma manifestação hoje (quarta-feira) e, na quinta-feira, faremos uma assembleia. Provavelmente, se nossos pleitos não forem atendidos, poderemos chegar a uma paralisação no fim de semana. A ideia é que nesta quarta-feira, antes do início das partidas, os árbitros entrem no gramado exibindo uma faixa de protesto. Outra possibilidade que a categoria estuda é o uso de uma tarja preta no uniforme. A mobilização teve início na tarde de segunda-feira, quando renomados árbitros como Marcelo de Lima Henrique e Péricles Bassols, entre outros, se reuniram com o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, na sede da entidade. Chegou-se a cogitar uma greve já para esta rodada, mas ficou decidido que seriam esgotadas todas as possibilidades de negociação antes da opção por medidas mais drásticas. Na última terça-feira, o ex-árbitro Evandro Roman, deputado federal pelo PSD, do Paraná, fez pronunciamento a favor da arbitragem na tribuna da Câmara dos Deputados. O direito de arena não é a única reivindicação dos árbitros. Porém, é a que mais vem mobilizando a categoria, que pleiteia também negociar diretamente com fornecedores de material esportivo, patrocinadores e a desvinculação das federações regionais. - É uma luta de 15 anos do nosso Sindicato. Passou pelo Senado, mas a presidente Dilma, em decisão monocrática, vetou o artigo que daria melhores condições à arbitragem. Os jogadores já têm 5% de direito de arena. Os árbitros têm sua imagem exposta e nada levam - afirmou o presidente da Anaf. (O Globo)

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