Com localidades no norte e noroeste do Espírito Santo ainda isoladas por causa das fortes chuvas que atingem o estado, a Defesa Civil capixaba já soma em 27 o número de mortos. As buscas por corpos e sobreviventes ainda continuam. Isso porque apenas ontem, segundo dia de sol, foi possível chegar em cidades destruídas, como Itaguaçu. O número de desabrigados também cresceu: 60 mil pessoas estão sem casa. Já em Minas Gerais, 18 pessoas morreram em decorrência das chuvas. Os últimos corpos encontrados no Espírito Santo, ontem, eram de duas crianças, de 7 e 9 anos, que estavam desaparecidas desde a manhã do dia 24 em Colatina, no noroeste do estado. A casa onde elas moravam ficava sob um muro de arrimo no bairro São Marcos e foi arrastada morro abaixo quando o muro cedeu. O local já estava interditado pela Defesa Civil. “Estou a três dias sem dormir. Tenho medo de pensar em como minhas filhas vão sair de lá. Já vi gente grande saindo aos pedaços”, lamentou o pai das meninas, que se identificou como Leandro, ceramista, pouco antes da confirmação de que os corpos haviam sido localizados. Ao todo, foram oito mortes em Colatina - todas elas no mesmo local onde as duas crianças morreram. Os moradores do bairro estão proibidos de voltar para suas casas. O centro da cidade ficou embaixo d’água até anteontem. Moradores contam que, nesse período, o isolamento foi total. “Estavam vendendo o galão de água a R$ 35”, contou o frentista Ismael Nascimento, que recebeu parentes em casa após a casa dos familiares ser interditada. (Correio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário