sábado, 17 de maio de 2014

Cúpula do PT traçou a ‘estratégia do medo’, diz jornal.



A propaganda foi vista previamente por Lula e pela presidente Dilma Rousseff.(Foto: Imagem capturada da propaganda do PT)Foi em conversas com a alta cúpula petista, que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da sigla, Rui Falcão, e o ex-ministro Franklin Martins, que o marqueteiro João Santana teve a ideia do vídeo “Fantasmas do passado”, que gerou polêmica por criar um clima de medo nos eleitores. Falcão conversou com integrantes da direção do PT no encontro nacional do partido, há 15 dias, em São Paulo, entre eles José Américo Dias, secretário nacional de Comunicação, e o deputado José Guimarães (CE), vice-presidente do partido. Eles traçaram as linhas gerais do que pretendiam e as repassaram para Santana, que criou a peça publicitária.


Segundo o jornal O Globo desta quinta-feira (15), a propaganda foi vista previamente por Rui, Lula e pela presidente Dilma Rousseff. Dirigentes explicam que, apesar da confiança em João Santana, é regra no PT que todas peças sejam aprovadas por esse núcleo.
— Antes de ir ao ar, a campanha foi passada para todos eles por e-mail e causou grande impacto. Mostra a linha da nossa campanha: comparar o que foi feito por Fernando Henrique Cardoso e as conquistas obtidas nos governo Lula e Dilma. Não é a exploração do preconceito que foi feita pelo PSDB em 2002, mas compara as conquistas dos governos FH e do PT — disse Dias.
Ontem, Falcão negou que a propaganda seja apelativa e instaure medo:
— Terrorismo é querer acabar com a valorização do salário mínimo, com os juros subsidiados, é dizer que vão baixar a inflação por decreto. Acho surpreendente que tenham vestido a carapuça — disse o petista.
A partir de hoje, o PT começa a testar nas ruas, com pesquisas cujos resultados serão divulgados internamente, se a estratégia deu certo. Na propaganda de um minuto, apresentada nas inserções gratuitas de TV, personagens são confrontados com suas imagens de um suposto passado. De terno, um trabalhador se vê desempregado. Uma adolescente se vê moradora de rua. O narrador diz que não se pode voltar atrás.(Germano Oliveira e Tatiana Farah, O Globo)

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