Perfeito de Barra do Mendes (à esquerda) e de Ibipeba tiveram mandatos cassados.
Os prefeitos e os vice-prefeitos dos municípios baianos de Ibipeba e Barra do Mendes tiveram os mandatos cassados por decisão da Justiça Eleitoral por supostas irregularidades cometidas nas eleições de 2016. Os gestores são suspeitos de ações ilícitas em arrecadação para financiamento de campanha, abuso de poder político e outras irregularidades. As duas prefeituras rebatem as acusações e informaram que já recorreram das decisões. As decisões foram assinadas pela juíza da 176ª Zona Eleitoral, Marina Lemos de Oliveira, e publicadas na edição desta quinta-feira (14) do Diário da Justiça Eletrônico. Além da cassação dos mandatos e a inelegibilidade por oitos anos dos gestores, a magistrada determinou a realização de novas eleições nos dois municípios. Segundo o TRE, como trata-se de decisão em primeira instância, os prefeitos deverão continuar no exercício de seus cargos até que ocorra o julgamento na Corte Eleitoral.
O prefeito de Ibipeba, Demóstenes de Souza Barreto Filho, e o vice dele, Otaniel Pereira da Cruz, são suspeitos de condutas em desacordo com as normas eleitorais relativas a arrecadação e gastos de recursos em campanha nas eleições do ano passado. Eles também foram denunciados por ilícitos com transporte de eleitores, gastos ilícitos com evento festivo e até distribuição de bebidas alcoólicas. Já o prefeito de Barra do Mendes, Armênio Sodré Nunes, conhecido como Galego, e o vice, Erick Gilliard de Sousa Bastos, são suspeitos de abuso de poder econômico e abuso de poder político, também nas eleições do ano passado. Eles também são suspeitos de aumentar a contratação de servidores temporários e comissionados em ano eleitoral, na monta de 250% em relação ao número de efetivos, e realização de propaganda institucional em período vedado, assim como distribuição de cestas básicas. Em notas divulgadas nesta quinta, as duas prefeituras negam as acusações e dizem que já adotaram as medidas cabíveis para tentar reverter a decisão judicial. Os prefeitos e vices afirmaram ainda que permanecem nos cargos até os julgamentos dos recursos. (G1)
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