terça-feira, 27 de novembro de 2012

Goleiro Bruno vai enfrentar, mais uma vez, Joaquim Barbosa



Ministro do STF que já negou um pedido de revogação de prisão preventiva do jogador será também o relator do recurso impetrado pela defesa do réu
Os advogados do goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar Eliza Samudio, retardaram como puderam o júri na semana passada, em Minas Gerais. Uma das apostas do grupo de defensores do jogador é – ou pelo menos era – a de que, com a sucessão na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido de Habeas corpus para Bruno, negado pelo ministro Joaquim Barbosa em 1º de outubro, tivesse recurso julgado por outro magistrado. Barbosa foi considerado, pelos advogados, “muito duro” com o acusado de matar Eliza.
Passada a posse do novo ministro, surge uma má notícia para o goleiro. O relator do recurso a ser jugado pelo plenário do STF será ninguém menos que Joaquim Barbosa.
Reduzem-se, assim, as chances de a prisão preventiva do goleiro Bruno ser revogada. O goleiro está há dois anos e quatro meses na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
“O Supremo soltou Carlinhos Cachoeira. Por que não vai liberar o Bruno? Acredito que, em dez dias, o recurso vai ser votado e Bruno vai passar o Natal em casa”, disse o advogado Francisco Simim, que deixou a defesa do ex-goleiro para evitar que Bruno fosse julgado na semana passada. “Oficialmente, eu saí, mas vou voltar”, avisou Simim.
A forma de atuação dos defensores de Bruno – que manobraram para conseguir adiar o júri – foi duramente criticada pelo presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, em entrevista ao site de Veja.
Decisão
No dia 1º de outubro, o ministro Joaquim Barbosa negou o Habeas corpus que pedia a revogação do pedido de prisão preventiva de Bruno. Três dias depois, os advogados fizeram uma declaração de embargo – ou seja, questionam algum detalhe técnico da decisão de Barbosa.
Segundo a assessoria do STF, o pedido da defesa agora será levado a plenário pelo próprio Barbosa em data ainda não definida.
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Fonte: Veja

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