Atleta de 29 anos pegou pena máxima por maioria de votos: 2 anos sem jogar
O jogador Max, 29 anos, ex-atacante do América-RN, foi suspenso do futebol por dois anos por uso de cocaína, após julgamento realizado no início de novembro, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O jogador foi flagrado no exame antidoping.
Por maioria de votos, o atleta pegou a pena máxima e deverá ficar dois anos sem jogar profissionalmente, além de ser multado em R$ 1 mil.
Com passagens por times como Palmeiras e Caldense-MG, o jogador, que é evangélico, admitiu o uso de cocaína, mas atribuiu o fato à vontade de esquecer um problema pessoal e ao diabo.
“Estava em Minas, aí fui para acertar com o América-RN. Fiquei dois meses. Moro em Natal com minha noiva, somos evangélicos e infelizmente o diabo me pegou nesse caso. Tinha brigado com ela e estava com problemas que não eram resolvidos no lado profissional. Discuti com minha noiva e fui para uma festa, onde fiz o uso”, afirmou.
Em defesa de Max, o advogado Osvaldo Sestário pediu que o caso fosse analisado, levando em consideração que era réu confesso, com consciência do que fez, e ressaltou que o atleta nunca foi pego nesse tipo de exame, nem poderia fazer uso para se beneficiar em campo, já que após a euforia a droga causa efeito depressivo.
“Não sou usuário de drogas. Na ocasião estava todo mundo bêbado e fizemos uso. Esse foi o primeiro jogo após assinar o contrato. Foi uma única vez. Como tinha passado muito tempo, não lembrei”, declarou Max.
A procuradora do caso, Renata Quadros, lamentou que o jogador tenha cometido o erro num momento de fraqueza. “Não há como negar os fatos. O atleta confirmou que fez uso. Sei que é uma decisão difícil punir o atleta, mas é o dever dos auditores agir de acordo com o código. Se foi um momento de fraqueza, que pena. É como eu falo para o meu filho de três anos: ‘Atitudes erradas, consequências ruins’. Abrir um precedente com relação a este atleta é manchar esta comissão e este tribunal”, disse.
O jogador teve seu contrato rescindido com o clube potiguar, embora permaneça treinando para manter a forma física. Seus advogados podem recorrer da sentença, buscando uma redução da pena punitiva, segundo informações do site Terra.
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Fonte: Terra e Globo Esporte