Faltando 18 dias para o "fim do mundo", religiosos duvidam da profecia Maia

Quase
todas as religiões falam de um apocalipse, de uma renovação dos seres,
do retorno de um messias ou de transições para novas eras. Mas elas não
dão uma data para esses acontecimentos. Para muitas pessoas, esse dia
está bem próximo: 21 de dezembro de 2012. Há muitos rumores sobre
21/12/2012. Tem quem diga que a vida na Terra se extingue nessa data,
como teria previsto uma profecia da civilização Maia. Entre as
catástrofes para o dia derradeiro, estariam chuva de meteoros, planetas
em rota de colisão com a Terra, erupções solares e inversão dos polos.
Pessoas estão se escondendo em bunkers, alertando familiares, estocando
comida e até se refugiando em casas preparadas para os piores desastres.
Até a Nasa lançou nota oficial sobre o assunto, com receio de suicídios
coletivos prévios ao suposto apocalipse. Por sorte, não há fatos nem
lógica que corrobore os boatos. O psicanalista e espiritualista Lázaro
Freire explica que tudo não passa de interpretações errôneas do
calendário Maia. Segundo Freire, não há profecias detalhadas de autoria
da cultura maia sobre o que poderia acontecer com o mundo em 2012.
O
que existe é uma data final para o calendário maia, o qual se encerra
neste ano. Mas, como a civilização foi exterminada por volta de 1500, no
México, é compreensível que suas previsões não tenham ido mais longe.
Não se sabe explicar ainda por que o mito foi tão alimentado. Boa parte
do que está escrito nos calendários "maias" que vêm sendo distribuídos
recentemente contém elementos de outras culturas, como hexagramas
(origem chinesa), chacras (origem hindu), entre outros que pouco ou não
tem a ver com algo que teria vindo do México. Outro elemento que pode
ter tumultuado o imaginário popular é o filme 2012, lançado em 2009. A
obra, estrelada por John Cusack, mostra um grupo de pessoas tentando se
salvar em um mundo repleto de ameaças, como erupções de vulcões,
terremotos e tsunamis. Outra correlação feita é a do conhecimento dos
Maias em relação à astronomia e às citações de uma nova era, mas muitos
povos têm suas interpretações e previsões a respeito de diferentes eras.
Para o membro da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica e professor
da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, o teólogo Isidoro
Mazzarolo, boatos sobre o fim do mundo foram muito comuns na história
do Ocidente. Ele acredita, porém, que ninguém tenha conhecimento
suficiente para identificar uma "causa eficiente" que possa provocar, de
fato, a destruição do planeta Terra.
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