quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Documentos apontam investigação de mais dois policiais no caso Eliza

 

Foram pedidas quebras de sigilo telefônico de José Lauriano e Gilson Costa.
Material aponta ainda viagem de Bola a SP no intuito de matar Eliza.


 
Novas investigações do caso Eliza Samudio mostram a participação de mais dois policiais civis na morte da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. De acordo com documentos aos quais o MGTV teve acesso, a quebra de sigilos telefônicos revelou “intensa” troca de ligações entre Luiz Henrique Ferreira Romão – o Macarrão – e o então policial José Lauriano Ferreira – o Zezé – nos dias que antecederam a morte de Eliza Samudio. Ainda foram registradas ligações entre Marcos Aparecido dos Santos – o Bola – e o policial Gilson Costa em “datas de destaque para a investigação”.
Bruno vai a júri  popular pela morte de Eliza Samudio no dia 4 de março, Bola no dia 22 de abril. Macarrão já foi condenado. Para a Justiça, Eliza foi morta no dia 10 de junho de 2010, por asfixia mecância. O corpo nunca foi encontrado.
O policial Gilson Costa é um novo nome dentro das investigações, segundo os documentos. Ele e Bola respondem juntos a um processo pela morte de dois homens em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no ano de 2008. O policial já foi integrante do Grupo de Resposta Especial da Polícia Civil de MG (GRE). A advogada dele, Rita Virgínia Andrade, afirma que ele não tem envolvimento com o a morte de Eliza Samudio, e que documentos comprovam que ele estava viajando a trabalho na época.
Nas duas vezes em que foi ouvido em 2010, Zezé, que hoje se aposentou, declarou que o contato com Macarrão era devido a uma negociação para divulgar uma banda de pagode. Sobre Bola, ele disse que os dois se conheciam da época em que fizeram cursos na Policia Civil.
A quebra do sigilo bancário dos dois policiais também foi pedida. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que a juíza Marixa Fabiane vai analisar os documentos durante o julgamento de Bruno e Dayanne.
O promotor Henry Wagner não quis falar sobre o assunto. Há dois meses, ele já havia afirmado que iria pedir o indiciamento de Zezé.
Bola preso em Santos (SP)
Outra informação que consta nos documentos é a de que Bola esteve na cidade de Santos (SP) a procura de Eliza em abril de 2010. E que a intenção dele já era matar a jovem, porém foi preso em flagrante por porte ilegal de armas. Segundo o documento, Bola foi solto após subornar policiais, com a ajuda de Macarrão e um advogado, e por causa disso, não há registro da prisão.
O advogado de defesa de Marcos Aparecido dos Santos, Ércio Quaresma, afirma que o cliente não esteve em São Paulo nesta época. “Essa viagem nunca existiu, esse fato não ocorreu”, disse.

Fonte: Globo.com

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