sábado, 16 de fevereiro de 2013

Megaoperação policial contra a violência é lançada em Santa Catarina



 
Uma força de elite da polícia brasileira lançou neste sábado uma megaoperação para conter a onda de violência em Santa Catarina, que incluiu a transferência de 40 detentos suspeitos de coordenar ataques, informaram autoridades.
Desde o fim de janeiro, o estado sofre com atentados de grupos criminosos que disparam contra sedes oficiais ou incendeiam veículos particulares ou do transporte público, amedrontando sua população, de 6,2 milhões de habitantes.
Tropas da Força Nacional de Segurança Pública desembarcaram ontem em Florianópolis para apoiar as ações contra as organizações criminosas, que, segundo autoridades, planejam os ataques de dentro das prisões.
"Com o apoio da Força Nacional, foi lançada a Operação Santa Catarina Segura. Durante a madrugada, 40 detentos foram transferidos para prisões de outros estados, e mais de 70 ordens de captura deverão ser cumpridas nas próximas horas", disse à AFP o major João Carlos Neves, porta-voz da Polícia Militar do estado.
Entre os detidos, há pelo menos quatro advogados que colaborariam com os grupos, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que viajou a Florianópolis para acompanhar a operação.
Segundo órgãos de segurança, os ataques criminosos são obra de grupos que atuam de dentro das prisões e buscam chamar a atenção para os maus-tratos e a superlotação nas carceragens do estado.
Uma das organizações suspeitas foi identificada como o Primeiro Grupo da Capital (PGC), semelhante ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua em São Paulo e foi responsável por uma série de ataques contra a polícia e o transporte público daquela cidade entre outubro e dezembro passados.
Em entrevista coletiva, o ministro Cardozo disse que o plano para conter a violência em Santa Catarina inclui um cerco policial nas divisas terrestres, aéreas e marítimas, para impedir a fuga dos suspeitos e cortar seu financiamento.
"As organizações criminosas têm que ser combatidas em todas as frentes, mas uma das mais importantes é o asfixiamento financeiro desses grupos, que precisam receber os produtos ilícitos que comercializam, as armas", assinalou. "Além disso, instalaremos controles fixos em vários lugares, e haverá veículos (oficiais) circulando para realizar interceptações. Haverá um controle intenso."

Fonte: Terra

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