
Suzana de Oliveira ao ser presa (à esq.) e na penitenciária (à dir.)
O exame de ultrassom apresentado pela manicure Suzana de Oliveira, de 22 anos, para comprovar uma suposta gravidez é falso, afirmou nesta terça-feira (9) o delegado da 88ª DP (Barra do Piraí), José Mário Salomão de Omena. O laudo foi entregue à polícia pela mãe da acusada de matar João Felipe Eiras Bichara, de 6 anos, juntamente com uma carta na qual ela contava como planejou o crime. O menino foi asfixiado em um quarto de hotelde Barra do Piraí, e seu corpo foi encontrado dentro de uma mala na casa da suspeita.
A médica da clínica onde Suzana teria feito o exame falou com o delegado na manhã desta terça-feira, para apontar os indícios de falsificação. A capa do documento era verdadeira – e provavelmente roubada, diz Omena, mas seu conteúdo foi forjado. “Não temos dúvida de que ela tentou dar o chamado golpe da barriga em alguém”, afirma o delegado, lembrando que a manicure tinha mais de um relacionamento amoroso. Além disso, ela dizia ser amante do pai de João Felipe, que negou qualquer envolvimento e contou que, na verdade, era ela quem o assediava.
Omena considera “grosseiros” os erros de falsificação no exame. A começar pelo papel no qual o resultado foi impresso, que não é o mesmo utilizado pela clínica. “O laudo informa que o feto tem 9,7 milímetros e diz que a gestante está com três semanas ‘exatas’ de gestação. Nenhum médico assina um laudo com a data exata de gestação, é sempre aproximada. Porém, na medicina, o tamanho de 9,7 milímetros é de um feto que estaria com 5 a 6 semanas”, aponta o titular da 88ª DP.
Suzana continua presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio. Ela foi indiciada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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Fonte: Veja
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