quarta-feira, 31 de julho de 2013

Crime Ambiental: Bompreço e BTU são denunciados em Lauro de Freitas



Ao entrar no organizado sítio da professora aposentada da Universidade Federal da Bahia, Maryvonne Palma de Mello, 71 anos, a poeira da fuligem e o cheiro de óleo demolem as expectativas daquele refugio arborizado numa área em franco crescimento urbano de Lauro de Freitas.

Não são as construções que tiram o sono desta senhora, que há 30 anos reside naquele canto da Rua Teócrito Batista, do lado oposto à orla, do município. O problema dela é com a empresa de transporte urbano BTU, instalada em frente à casa dela, para servir de garagem do ônibus, além de lava jato.

As queixas dos moradores mais antigos se acumulam e, contudo, a poluição sonora nas madrugadas é alvo de inúmeras denúncias ao longo dos últimos 15 anos. Conversas amigáveis, Ministério Público, através de Termo de Ajustamento de Conduta, entre outras tentativas, não se mostraram eficientes e o problema persiste.

Poluição


Embora a poluição sonora seja um problema grave, ela atinge um pequeno grupo moradores (o que não tira a necessidade de solução), mas outra denúncia exige a intervenção imediata da prefeitura. Os danos ambientais provocados pelo não cumprimento da lei e das diversas notificações do poder público.

Na garagem da empresa é feita a limpeza dos ônibus, assim como alguns reparos nos veículos. Óleo e água são despejados sem o tratamento adequado. Todo este material é lançado no trecho do Rio Picuaia que passa ao lado da empresa. A reportagem tentou contato telefônico com a BTU, mas não foi atendida.


Procurado pela equipe deste site, o secretário de Meio Ambiente de Lauro de Freitas, Márcio Costa, revelou que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas. A prefeitura esteve diversas vezes na garagem e embargou a lavagem, determinando a construção do equipamento de tratamento e separação dos líquidos, o que não foi feito.

Vale ressaltar que a renovação da licença ambiental está em trâmite na prefeitura e o problema pode provocar o bloqueio das operações na localidade. O secretário pondera que o objetivo não é “criar problema com as empresas”, mas garantiu que vai fiscalizar, identificar, apontar irregularidades e punir aqueles que não cumprem a lei. Os moradores pedem medidas enérgicas e imediatas.

No último dia 17 de julho, uma multa no valor de 15 mil reais foi aplicada. A empresa pode tem 20 dias para apresentar a defesa.

Mercado

Um morador do município, que não quis ter o nome revelado, denunciou o despejo do esgoto do Hiper Bompreço, localizado na Estrada do Coco, próximo ao bairro Portão. A situação foi confirmada pela secretaria de Meio Ambiente que já autuou importante mercado, mas não foi atendida.

De acordo com o secretário Márcio, uma multa no valor de 150 mil reais foi aplicada por não atendimento à Lei. Além desta multa principal, outra, diária, de 300 reais também será cobrada.

Comedido, o chefe da pasta afirma que prefere o diálogo. Reconhece a importância do centro comercial, mas garante não poupar esforços para estancar o crime ambiental.

Neste caso, o esgoto, do banheiro e outros, é lançado sem tratamento adequado numa lagoa. De lá a água segue para o Rio Joanes. De acordo com o secretário, após ser notificada, a administração do Bompreço apresentou um cronograma de ações que não foi cumprido

Fonte; Bocão news

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