Moradores fazem estoque de comida durante o caos na segurança pública.
Supermercados já chegaram a distribuir senhas para clientes.
U
m vídeo que circula as redes sociais mostra uma disputa pela compra de ovos em um supermercado em Jardim Camburi, Vitória, durante o caos na segurança pública. Alguns moradores têm feito compras em grande quantidade para não ter que sair de casa muitas vez, o que já está provocando escassez de produtos em alguns estabelecimentos.
Desde sábado (4), o estado vive uma onda de violência com mortes, saques e assaltos. Nos últimos seis dias, 113 pessoas foram mortas na Grande Vitória, segundo o Sindicato da Polícia Civil. Os ônibus não circulam e escolas e postos de saúde seguem fechados.
Aos poucos o comércio recomeça a reabrir na região. Em um supermercado, clientes disputaram até mesmo os ovos. Nas imagens é possível quando chegam dois funcionários segurando duas caixas cheias de embalagens com ovos. Imediatamente os clientes vão retirando os produtos e esvaziam a caixa em menos de um minuto.
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Com medo de saques, alguns supermercados chegaram a distribuir senhas nesta semana. Outro local, também na capital, antes mesmo de abrir as portas já contava com filas de carros para entrarem no estacionamento.
Com essa busca por alimentos, a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) enviou uma nota para tranquilizar a população.
"Em nome de seus associados de todo o Espírito Santo, a Acaps informa que não há ameaça ao abastecimento de gêneros alimentícios no Estado, com as mercadorias sendo repostas e em quantidade suficiente para atender à demanda existente. Os supermercados, como todo o estado, estão sofrendo o impacto da atual situação no Espírito Santo, mas estão aplicando todos os esforços para manterem suas lojas abastecidas e com volumes de mercadorias que atendam à demanda dos capixabas", diz a nota.
Procura por itens básicos
O gerente de um mercado no Centro de Vitória, Pedro Pasolini, explicou que a procura está sendo por itens básicos para alimentação.
“Está tendo uma grande procura, porque os outros supermercados estão fechados com essa sensação de insegurança. As pessoas estão buscando bastante cesta básica, arroz, feijão e coisas básicas para a família continuar se alimentando normalmente”, contou Pasolini.
A vendedora Ângela Doralice dá Silva, de 53 anos, disse que está vindo ao supermercado com medo de piorar a situação e ficar sem comida em casa. Ela tem duas crianças em casa e tem medo de não ter o que dar a elas. "Estou comprando o 'grosso': arroz, feijão, leite, estou estocando mesmo", disse.
Fonte; G 1 ES
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