Na última quinta-feira (13), o Ministério Público Militar (MPM) denunciou à Justiça militar o primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros sob acusação de homicídio culposo e dano em instalações navais e em estabelecimentos militares em decorrência do incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz, em fevereiro deste ano. O incidente resultou na morte de dois militares, entre eles o suboficial baiano Carlos Alberto Vieira Figueiredo, de acordo com informações publicadas pelo jornal “Estado de S. Paulo”. O processo corre em segredo de Justiça.
Segundo a denúncia do MPM, assinada pelo procurador da justiça militar Giovanni Rattacaso, por volta das 23h30 do dia 24 de fevereiro, Medeiros resolveu transferir o combustível que estava em tanques de armazenamento para dois tanques de serviço, que ficam próximos aos geradores de energia elétrica. De acordo com o laudo da perícia, o militar não concluiu a transferência do combustível no tempo hábil e, por isso, os tanques de serviço transbordaram e o combustível, óleo diesel, entrou em contato com partes mais quentes do gerador que estava em funcionamento, provocando o incêndio. Pelo menos 70% da base brasileira foi destruída, gerando prejuízo estimado de quase R$ 25 milhões.
Em depoimento no Inquérito instaurado na Marinha, Medeiros afirmou que retornou à praça de máquinas 20 minutos após ter saído e que desligou a bomba de transferência de combustível. Medeiros permaneceu o tempo todo na sala de estar, retirando-se apenas quando as luzes piscaram e o incêndio começou, de acordo testemunhas.
Fonte: Bocão News
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