O Brasil registrou ano passado, em relação a 2010, um aumento de 45,6% no número de divórcios. Segundo as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas pelo IBGE, foram 351.153 processos judiciais concedidos em 2011. Esse crescimento de quase 50% representou um novo recorde, e fez com que a taxa geral de divórcios atingisse seu maior valor na série histórica desde 1984: 2,6%. A recente alteração na lei (em julho de 2010), que acabou com a exigência da separação prévia antes do divórcio, pode ter contribuído para o aumento de divórcios. Informou matéria publicada no O Globo, nesta segunda-feira (17).
Segundo o IBGE, o DF tem a taxa maior: 4,8%. Em seguida, aparecem Rondônia (4,7) e Acre (3,8). No Rio, a taxa é de 1,9%, e em São Paulo, 3,4%. Em todo o país, o maior número de casamentos desfeitos se deu depois de 5 a 9 anos de casado (20,8). Entre o 1º e o quarto ano, os divórcios representaram 19,0%. Em seguida, o grupo que mais se divorciou tinha entre 10 e 14 anos de casado.
Os dados do instituto mostram ainda que, entre 2001 e 2011, aumentou o número de casais que compartilham a guarda de filhos menores. Eram 2,7% em 2001, e 5,4% no ano passado. Pará (8,9%) é o estado com maior número de crianças e adolescentes vivendo no regime de guarda compartilhada. O DF vem logo em seguida, com 8,3%. No entanto, Rio e Sergipe são os estados que menos têm casais compartilhando a guarda dos filhos: 2,8% e 2,4% respectivamente.
Ainda que tenha havido um aumento no número de casais compartilhando a guarda, as mulheres ainda são as que mais ficam com a guarda de filhos menores de idade. Ao todo, em 2011, em 87,6% dos divórcios concedidos no Brasil os filhos ficaram com as mães. Essa preponderância foi observada em todas as unidades da Federação. Em relação aos pais, a guarda variou de 2,2% em Sergipe e 10,6% no Amazonas, estado onde há mais homens responsáveis por filhos menores. No Rio, 4,0% dos pais ficam com os filhos menores. Em São Paulo, 4,4%.
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Fonte: O Globo
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