WASHINGTON, 18 dez 2012 (AFP) - O presidente Barack Obama deu nesta terça-feira todo seu apoio ao projeto de lei para voltar a proibir a posse de armas de assalto, depois do massacre ocorrido na escola primária de Connecticut.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que o presidente vai apoiar a iniciativa proposta pela senadora democrata Dianne Feinstein para proibir este tipo de armas, que compreende certos tipos de armas semiautomáticas com carregadores removíveis.
Carney disse que o presidente também apoiará qualquer ação para proibir carregadores de alta capacidade - que têm munição para dezenas de tiros - e acabar com a brecha que permite indivíduos sem licença vender armas de forma privada.
Feinstein prometeu nesta segunda-feira encorajar o projeto de lei assim que os novos congressistas assumirem em janeiro, e disse à CNN que "será forte, e será definitivo. Vai proibir com nome e sobrenome pelo menos 100 armas de assalto semiautomáticas de tipo militar".
Uma proibição anterior das armas de assalto expirou em 2004 e, desde então, muitos cidadãos adquiriram versões semiautomáticas de rifles como o Kalashnikov ou o AR-15.
Na sexta-feira, Adam Lanza, de 20 anos, usou um rifle de assalto Bushmaster AR-15 para cometer um massacre de 26 pessoas - entre elas 20 crianças de 6 e 7 anos - em uma escola primária de Newtown, Connecticut (nordeste).
A matança provocou uma avalanche de pedidos para controlar de forma mais restrita a posse de armas.
Contudo, Obama e Feinstein podem entrar em choque com a oposição do poderoso lobby que defende o direito à posse de armas e de legiões de entusiastas do tiro.
Obama apoiou durante longo tempo a restauração da proibição das armas de assalto, mas não tomou nenhuma medida durante seu primeiro mandato para que isso ocorresse.
Os Estados Unidos sofreram uma epidemia destes violentos episódios, incluindo 62 tiroteios desde 1982, três dos mais mortíferos na segunda metade deste ano.
Na maioria dos casos, foram usadas armas curtas semiautomáticas ou armas de assalto de tipo militar adquiridas de forma legal.
Em 2009, havia uma estimativa de 310 milhões de armas de fogo não militares nos Estados Unidos, o que equivale a uma por cidadão. A população norte-americana tem 20 vezes mais probabilidades de morrer por arma de fogo que a de qualquer outro país desenvolvido.
Fonte: Uol Notiçias
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