Presidente da CBF se despediu de Gylmar dos Santos Neves na capital paulista Foto: Bruno Santos / Terra
Presidente da CBF se despediu de Gylmar dos Santos Neves na capital paulista
Foto: Bruno Santos / Terra

José Maria Marin chegou de maneira discreta ao velório de Gylmar dos Santos Neves nesta segunda-feira. O presidente da CBF entrou na capela do Cemitério do Morumby quando a missa em homenagem ao goleiro bicampeão do mundo com a Seleção Brasileira já havia começado e, logo a cerimônia terminou, se despediu de quem chamou de "grande amigo".
O dirigente consolou a esposa de Gylmar, Marlene Izar, e acompanhou outros familiares e amigos para carregar o caixão em primeiro momento. Atrás apenas da família do ídolo de Corinthians e Santos, Marin não conteve as lágrimas durante o enterro e reforçou os aplausos assim que o jazigo foi coberto por flores.
Cercado por jornalistas, Marin voltou a chorar e lembrou das virtudes de Gylmar como atleta, que conquistou títulos do Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores da América e Mundial de Clubes, além das Copas do Mundo de 1958 e 1962. O ser humano também foi colocado como espelho.

O presidente da CBF também aproveitou para fazer um apelo para que os brasileiros não apaguem os feitos de Gylmar: "Espero que os jogadores que surgirem depois se lembrem sempre dele, porque nós contemporâneos nunca tiraremos Gylmar da memória. Quero que os próximos, não só os atletas, mas principalmente aqueles que amam o futebol, que sempre cultivem com o maior carinho e gratidão o que realmente representou Gylmar dos Santos Neves para o futebol brasileiro"."O Brasil perde um atleta, um chefe de família, um pai maravilhoso. E o futebol do mundo perde um dos maiores goleiros de sua história. Ele possuía inúmeras qualidades, não só de um grande goleiro, mas de uma grande pessoa. Foi o maior de todos os tempos, principalmente pelo exemplo", destacou o dirigente.

Quando parecia ter encerrado as declarações, José Maria Marin voltou a se emocionar e fez discurso para relembrar a amizade com o goleiro responsável por iniciar a caminha verde e amarela em busca do pentacampeonato com as conquistas nas Copas da Suécia e do Chile.
"Não venho aqui falar pelos títulos conquistados, bicampeão mundial, é pelo exemplo como homem, como atleta e uma extraordinária figura humana. Em todos os sentidos, Gylmar é um grande exemplo para nós. E além de tudo éramos grandes amigos", finalizou.
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