segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Momentos de pânico em voou de parapente no Rio


Um instrutor do Clube São Conrado de Voo Livre foi parar no meio de uma nuvem com um aluno depois de saltar de parapente da Pedra Bonita, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Os dois viveram momentos de pânico, durante quatro minutos, sem saber exatamente onde estavam. O incidente ocorreu no dia 17 de agosto, com o instrutor Luiz Gonzaga e o turista do interior de São Paulo, Sudmar Franzin, em meio ao que seria um passeio com belas paisagens. No entanto, pouco depois do salto o passeio se transformou em desespero: “Fica calmo, pelo amor de Deus. Eu não sei onde a gente está, não, velho. Mostra para mim o caminho, meu Deus”, dizia o instrutor. No dia do incidente as condições do vento eram boas. Mas as nuvens estavam muito baixas. A orientação para os instrutores era que voassem direto para a praia, onde o céu estava mais limpo. Não foi o que aconteceu. O instrutor deu voltas em torno da Pedra Bonita. Numa delas, lá no alto, se vê outro instrutor, também desobedecendo as orientações de voar baixo, em direção à praia. As nuvens baixas não preocupam o instrutor. Pelo contrário. As imagens mostram que Gonzaga solta uma das mãos do comando do parapente para ajustar o capacete. Em seguida, retira também a outra mão para utilizar a câmera de vídeo. De repente, um susto: os dois vão parar dentro de uma nuvem. O vento era forte o parapente balançava. O instrutor começa manobra, mas o parapente balança e o turista se desequilibra. São momentos de tensão. O instrutor chega a pedir pra desligar a câmera e rezam uma “Ave Maria”. O instrutor que acompanhava o turista é considerado experiente. Ele tem 15 anos de profissão. Segundo o vice-presidente do Clube São Conrado de Voo Livre, Augusto Prates, houve excesso de confiança por parte do instrutor. Segundo o turista, a hora de mais medo foi quando o instrutor perguntou se ele sabia nadar. Foram 13 minutos de terror nos céus do Rio. Quatro deles dentro da nuvem, até enxergar terra firme. O instrutor percebeu que o parapente havia dado a volta na montanha, e foi parar do outro lado: a cinco quilômetros da Praia de São Conrado, onde deveria pousar. Eles desceram no Itanhangá. Luiz Gonzaga Pereira de Souza foi suspenso temporariamente do clube. Ele terá a licença de voo reavaliada e vai passar por um curso de reciclagem. Uma lei federal, de 1986, proíbe que os voos duplos sejam vendidos como voos panorâmicos. O Clube São Conrado de Voo Livre nega que cometa essa prática e diz que todos os voos fazem parte de um curso e que cabe ao aluno seguir com o treinamento depois do primeiro salto.

Fonte: Rede Brasil de noticias

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