quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Ferryboat vai de mal a pior, causa transtornos e a Agerba se omite completamente.





O ferry “Maria Bethânia” parece até um navio fantasma navegando. Completamente enferrujado, envergonha as pessoas desacostumadas com a realidade do sistema. Enquanto isso, a concessionária contratada pela Seinfra/Agerba, a Internacional Marítima, enche os cofres com o dinheiro que ganha em cima dos baianos, sem investir absolutamente nada. É melhor que mamão com açúcar. (Fotos: Jornal da Mídia) REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA


Sem fiscalização do órgão estadual que regula o sistema de transporte intermunicipal, a Agerba, o sistema ferryboat está mais uma vez fazendo a população enfrentar transtornos quase que diariamente. Ontem, uma segunda-feira sem nenhum pico extra de demanda, os usuários que tentaram atravessar a partir das 15 horas de Bom Despacho para Salvador tiveram que esperar cinco horas ou mais para embarcar.
Somente três navios estavam operando, gerando protestos dos usuários. A empresária Lenise Ferreira, presidente da Associação Comercial de Vera Cruz, afirma que a perspectiva para o Verão é a pior possível.
“A Internacional Marítima não consegue aumentar a oferta de transporte, apesar do gasto que o Estado fez para reformar os navios (mais de R$ 40 milhões), a maioria em estado precaríssimo. E o pior é que o usuário não tem para quem apelar, já que a Agerba, a agência de fiscalização, se omite completamente e parece ter abandonado de vez a situação”, observou Lenise Ferreira.
Pessoa não Fala – A empresária revelou que tentou contactar ontem com o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, para reclamar da situação e mostrar mais uma vez a preocupação dos usuários.
“Ele (Eduardo Pessoa) não atendeu. Mandou que um assessor de nome Bandeira Ataíde, que disse ter anotado todas as colocações que fiz. Da maneira que as coisas andam no ferryboat, não vai demorar a acontecer alguma tragédia. Se a Agerba tivesse realmente preocupada em fiscalizar, em olhar os interesses do cidadão, deveria pelo menos ouvir os relatos dos funcionários da Internacional Marítima, sobre falta de manutençãoo e as condições precárias das embarcações”, afirmou.
Na Calada da Noite - Ninguém sabe mais como realmente o governo planeja o Verão para a travessia Salvador-Bom Despacho. O contrato emergencial de seis meses da Internacional Marítima terminou dia 14 de setembro e teria sido prorrogado sem nenhuma divulgação. A Agerba não fez nenhuma referência sobre o evento de renovação. Parece que prorrogaram o contrato na calada da noite.
A Internacional, a empresa que o governo foi buscar no Maranhão como “salvação”, também nada fala sobre o que faz ou o que deixa de fazer. Para a concessionária, o importante é não aparecer, mas que o dinheiro dos baianos entre abundante e fartamente em seus cofres, sem retorno de nada, com investimento zero para ela. Ninguém aqui está prevendo nada, não está adiantando e nem supondo nada.
Mas a estratégia operacional da Internacional é bem parecida, até aqui, com a da TWB. Isso aí é inquestionável. Basta se observar o estado de sucateamento das embarcações. E imaginem, caros leitores, que só cinco oi seis anos depois é que a Justiça conseguiu descobrir que a TWB desviou recursos e que até ex-diretores da Agerba tiveram bens bloqueados. Uma pena, uma pena! Um fato realmente chocante!
Melhor que mamão com açúcar – Os empresários do Maranhão devem estar de queixo caído com tanta bondade do governo da Bahia. Os navios se arrastam. O ferryboat “Maria Bethânia” parece uma assombração navegando, completamente enferrujado, sujo internamente, enfumaçando e com motores trabalhando como se fossem bater a qualquer momento.
O navio “Agenor Gordilho”, que consumiu R$ 5 milhões do Estado para ser “reformado” (serviços feitos pela própria Internacional Marítima junto com a baiana Lumar), está há mais de dois meses em Aracaju. Foi para fazer “novos serviços” no estaleiro sergipano H. Dantas. Ninguém tem mais notícia. É possível que seja condenado, como foi o “Ipuaçu” pelos experts em engenharia naval instalados na Secretaria de Infraestrutura e na Agerba. E haja incompetência!
 
Fonte: Opniãosul

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