Foto: Reprodução / Parsemus Foundation
Em breve, homens também poderão ter acesso a medicamentos anticoncepcionais. Segundo a Parsemus Foundation, organização não governamental norte-americana que investe na produção do anticoncepcional masculino Vasalgel, o medicamento deve chegar ao mercado em 2017. O anticoncepcional masculino não possui hormônios em sua fórmula. Diferente da pílula feminina, ele funciona de modo similar à vasectomia, em uma única aplicação, que funciona por um longo período. O gel contraceptivo com polímeros é injetado nos vasos deferentes, que transportam o esperma na ejaculação, impedindo a fecundação. O objetivo da organização é garantir que o tratamento possa ser revertido facilmente, com outro remédio que libera os vasos. A diretora da Parsemus, Elaine Lissner revelou, em um artigo publicado no jornal The New York Times, que mais de 23 mil homens e mulheres assinaram uma petição ‘clamando’ por novos métodos contraceptivos, e 18 mil pessoas estão aguardando notícias dos exames clínicos de Vasalgel. “Homens desesperados para ter mais controle sobre o seu destino reprodutivo já doaram milhares de dólares para o projeto”, revelou. Apesar de ainda estar longe de virar uma realidade acessível nas farmácias, a possibilidade de um anticoncepcional masculino pode provocar alterações profundas nas relações sexuais entre homem e mulher. Segundo a psicóloga especialista em sexualidade, Aparecida Favoreto, com o método, os homens poderão assumir mais responsabilidades, mas ela faz um alerta sobre a proteção sexual. “Isso dá ao homem um poder maior para decidir sobre a sua reprodução. Também responsabiliza mais, porque o peso dessa decisão não fica só com a mulher”, disse. “Muitos homens usam a caminha mais preocupados em não engravidar do que com as doenças sexualmente transmissíveis. O lado ruim é que isso poderia trazer um relaxamento no uso da camisinha”, completou. Nota do Bahia Notícias
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