Explosão deixou ao menos 14 terroristas mortos e sete feridos. Foi o primeiro registro de uso de armas químicas por extremistas que atuam no Iraque
Pelo menos catorze membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) morreram nesta terça-feira (16) na explosão de um foguete em que eles estavam injetando gás cloro. A explosão aconteceu ao norte de Bagdá e evidencia, pela primeira vez, o uso de uma substância química no conflito iraquiano. Desenvolvido pela Alemanha durante a I Guerra Mundial, o gás cloro, quando inalado, atua nos pulmões e tem um efeito rápido, causando sérias lesões, dificultando a respiração e provocando a morte por asfixia.
Fontes de segurança iraquiana informaram que outros sete extremistas ficaram feridos no incidente com a ‘bomba suja’ – arma química feita de maneira rudimentar. Os extremistas estavam manipulando o material nas proximidades da cidade de Duluiya, a cerca de 90 quilômetros de Bagdá. Também em Duluiya, quatro membros das forças de segurança iraquianas e milicianos xiitas sofreram sintomas de asfixia ao inalar o gás cloro que emanou da explosão dos artefatos. O gás cloro, até então inédito nos conflitos do Iraque, já tinha sido usado na guerra civil da Síria, como denunciou recentemente a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ).
Combates
As tropas iraquianas mataram dezoito jihadistas e destruíram cinco de seus veículos em enfrentamentos na refinaria de Biji, a maior do Iraque e localizada cerca de 210 quilômetros ao norte de Bagdá. As tropas curdas recuperaram três aldeias próximas da cidade de Qara Teba, na província oriental de Diyala, que estavam sob poder do EI.
Os combates aconteceram poucas horas depois que a aviação dos Estados Unidos lançou seu primeiro bombardeio perto de Bagdá, após a conferência internacional de ontem em Paris. As fontes iraquianas confirmaram os ataques contra posições do EI perto da zona de Yorf al Sajr, ao sudoeste de Bagdá e na província de Babel. Os EUA efetuam bombardeios contra o EI há um mês e estão formando uma aliança internacional para prosseguir sua luta contra os extremistas, que proclamaram em junho um califado em territórios da Síria e do Iraque.
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Fonte: Veja
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