segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ataques deixam 107 mortos no Iraque



Iraque — Uma ofensiva de explosões e tiroteios matou 107 pessoas e deixou 216 feridas no Iraque ontem, até agora o dia mais violento no país em 2012. Os 27 ataques em 18 cidades parecem ter sido coordenados: cada bomba foi detonada algumas horas após a outra. Elas atingiram principalmente forças de segurança e escritórios do governo - dois dos alvos favoritos da Al-Qaeda. Embora nenhum grupo tenha assumido a autoria dos ataques, eles ocorreram alguns dias após o líder da Al-Qaeda no Iraque ter anunciado uma nova ofensiva e em comunicado alertar que o grupo está se reorganizando em áreas nas quais havia se retirado antes das tropas norte-americanas deixarem o país, em dezembro passado “A maioria dos sunitas no Iraque apoia a Al-Qaeda e espera seu retorno”, disse Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico do Iraque, em comunicado colocado num site militante. 

Libertação
Líbano — Rebeldes sírios “libertaram” vários distritos do norte da cidade de Alepo ontem, afirmou o porta-voz do Exército Livres Sírio. “Este é o primeiro passo na direção da libertação da cidade”, disse o coronel Abdel Jabbar al-Oqaidi, acrescentando que violentos confrontos continuavam na proximidades de Salah el-Din, Shaar, Hanano, Tareq al-Bab e Sheikh Najjar. “Forças do regime continuam a atacar esses distritos com tanques e helicópteros”, disse Oqaidi. Combates intensos assolaram partes de Alepo, ontem, quando forças do governo derrubaram portas e revistaram casas em busca de rebeldes. Diversos vídeos postados por ativistas mostram rebeldes comemorando e rezando ao lado de um tanque de guerra em chamas no bairro de Sakhour. Alepo, a maior e mais populosa cidade da Síria, com 3 milhões de habitantes, tem sido o foco de ataques rebeldes de uma nova aliança de forças oposicionistas chamada Brigada de Unificação.

Saída
Emirados Árabes — O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, ofereceu ao presidente da Síria, Bashar Assad, uma “saída em segurança” para ele e para sua família, se o líder deixar o poder. Elaraby não deu detalhes de sua proposta à reunião de ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe em Doha, no Catar, ontem. A Liga Árabe também prometeu US$ 100 milhões para refugiados sírios em países vizinhos. O presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, também ofereceu asilo a Assad em fevereiro, caso isso encerasse o conflito. Assad tem mostrado poucos sinais de que vai renunciar. No domingo, as forças do regime atacaram redutos remanescentes dos rebeldes na capital Damasco.

Atirador
Estados Unidos — James Holmes, o homem acusado de matar 12 pessoas e ferir 58 num cinema do Colorado na sexta-feira, participou de sua primeira audiência ontem. Com aparência confusa e cabelos alaranjados, Holmes não falou durante a breve audiência. Ele será formalmente indiciado na próxima segunda-feira. Segundo as autoridades, o estudante de 24 anos se recusa a colaborar. Isto significa que pode levar meses até que se descubra o que provocou um dos piores ataques deste tipo na história dos Estados Unidos. A aparição de Holmes foi a primeira confirmação de que seu cabelo foi pintado. Na sexta-feira, havia relatos de que seu cabelo estava vermelho e que ele disse aos oficiais que o detiveram que era o “Coringa”. Não foi possível confirmar se ele disse aos policiais que era o inimigo do herói Batman.

Renúncia
Peru — O primeiro-ministro do Peru, Oscar Valdés, anunciou ontem que não vai continuar no cargo, uma vez que o presidente Ollanta Humala planeja mudar o gabinete. “Queridos amigos, quero partilhar com vocês o fim do meu período como primeiro-ministro, agradecendo vocês pelo apoio e pelas críticas construtivas”, escreveu ele no Twitter. Era amplamente esperado que Humala trocaria Valdés, que lutava para controlar uma série de conflitos sociais no setor de mineração desde que foi nomeado para o cargo, em dezembro. Humala deve anunciar mudanças em seu gabinete em breve, às vésperas de completar um ano na presidência. Ele tomou posse em 28 de julho para um mandato de cinco anos. Hoje, os ministros do governo do Peru entregaram sua demissão a Humala. 

Usina
Japão — A Tokyo Electric Power Co. (Tepco), operadora da usina de Fukushima, ainda enfrenta problemas para lidar com a questão, 16 meses após o desastre nuclear, adiando as investigações e tentando minimizar os reais danos ocorridos no complexo, afirmaram investigadores ontem. O relatório de um painel apontado pelo governo está entre os vários que criticam a Tepco e o governo por fazerem muito pouco para proteger a usina Fukushima Dai-ichi do terremoto e tsunami que atingiram o local em março de 2011 e por não agir corretamente quando três dos reatores derreteram, configurando o pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl. 

Dissidente
Espanha — A morte do dissidente cubano Oswaldo Payá num acidente de trânsito emocionou o grupo de dissidentes da ilha que mora na Espanha, dentre os quais está seu irmão, Carlos Payá. “Sentimos uma dor enorme, mas vivemos com a força semeada por Oswaldo para continuar seu trabalho dentro e fora de Cuba”, declarou Carlos Payá. O governo espanhol também transmitiu suas condolências à família por meio de um comunicado. Payá foi um homem de fortes convicções católicas e os dissidentes cubanos na Espanha organizaram uma missa em sua homenagem.

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