Três meses após anunciar a venda de Baby, o porco de estimação de 150 quilos que vive em uma casa no bairro Paraíso, em Matão (SP), a dona do animal, Iraci Lopes da Silva Molon, de 51 anos, ainda não conseguiu encontrar um comprador para o suíno. Ela quer R$ 1 mil pelo porco. O dinheiro, diz, será usado em despesas com o tratamento médico que ela adia há algum tempo.
A dona de casa, que mora em Matão há 20 anos, foi diagnosticada em 2008 com um caroço no seio direito, já extraído em uma cirurgia. De lá para cá, novos exames comprovaram o crescimento de outros três caroços na região, além de um no útero e outro no intestino. Este último ela sabe que é benigno, mas falta passar por uma avaliação para saber a procedência dos demais.
Ajuda Dona Iraci, que tem histórico de câncer na família, afirma entender a gravidade da situação, mas, por outro lado, se nega a abrir mão dos cuidados com Baby, a quem trata como se fosse um filho. Ela ganhou o bicho de uma conhecida da família, quando ele tinha apenas 28 dias. Apesar de estar domesticado, o animal é dócil apenas com a dona.
“Ele tem ciúmes de mim. Tenho que tratar, dar comida. Quando ele vê meu filho, ele dá cada berro. Meu marido até agrada, mas não consegue chegar perto, porque o Baby corre para pegá-lo”, conta.
Desde que anunciou a venda do porco, dona Iraci diz ter recebido diversas ligações de pessoas pedindo para ela continuar com o animal. Ela afirma, entretanto, não ter mais condições de cuidar de Baby devido ao problema de saúde dela. Segundo a dona, é uma decisão difícil.
“Ele me reconhece como a mãe dele, por isso não deixa ninguém chegar perto de mim. Vou ficar triste, sou muito acostumada com ele. Mas eu não posso fazer novos exames enquanto não tiver a certeza de que outra pessoa está tratando tão bem dele como eu faço há mais de um ano e meio”, diz.
O marido de dona Iraci, José do Carmo Molon, de 56 anos, perdeu a visão do olho esquerdo e recentemente passou por uma cirurgia de catarata no direito. Ele não tem como cuidar do porco. O filho do casal é caminhoneiro e quase não fica em casa. “Eu não posso abandonar o Baby, se eu fizer isso, eu sei que ele vai morrer. A minha saúde é importante, mas o Baby depende de mim", justifica a dona.
Na casa onde mora, Baby divide o espaço com dois cães da raça rottweiler, duas maritacas e uma tartaruga. O porquinho vive solto e é acostumado a ficar na sombra. "Ele nunca foi para a terra e jamais comeu lavagem", ressaltou a dona.
Baby consome semanalmente 20 quilos de ração, além de arroz com milho cozido, pão e verduras. Dona Iraci diz gastar cerca de R$ 200 por mês para manter saudável o porquinho.
Fonte: G1 São Carlos e Araraquara
este porco é reprodutor
ResponderExcluiralguém tem o celular desta senhora
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