Câmeras de segurança em uma rua do Cruzeiro Velho, no Distrito Federal, onde pacote de dinheiro apareceu em uma casa podem ajudar a polícia a obter pistas sobre quem deixou o “presente” ao moradores. As imagens, no entanto, não haviam sido requisitadas até o início da noite desta quinta-feira (7). No bairro, outro pacote de dinheiro foi deixado em uma casa de outra rua no último dia 29.
Donos das casas onde as câmeras de segurança estão instaladas disseram ao G1 estar dispostos a ceder as imagens à polícia, caso sejam procurados. Na rua onde fica a casa em que foi encontrado um dos pacotes, há câmeras instaladas na entrada, na saída e no beco que existe na via.
Ouvidos pelo G1, os moradores disseram não saber se captaram alguma movimentação estranha no dia 29 de janeiro, data em que um pacote com R$ 12 mil foi deixado no jardim de uma casa e outro, com R$ 7,6 mil, encontrado na garagem de outra residência.
Os dois moradores entregaram o dinheiro à polícia. Em ambos os casos, as cédulas estavam embrulhadas com o mesmo tipo de papel de presente.
Um professor que mora na rua disse acreditar que a origem do dinheiro seja ilícita. “Ninguém se desfaz de R$ 10 mil por nada. Essas pessoas adotaram a atitude que eu tomaria: entregar à polícia. Vai que o dono volta depois e pede de volta, ameaça, diz que quer mais”.
Apesar de terem entregado o dinheiro para a polícia, os moradores das casas onde os pacotes foram encontrados podem acabar ficando com os valores. O diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Xavier, disse ao G1 nesta terça-feira (5) que se a investigação confirmar que o dinheiro não tem origem ilícita, os moradores poderão receber as quantias de volta.
De acordo com a Divisão de Comunicação da Polícia Civil, uma investigação foi aberta para apurar a origem do dinheiro, a localização do proprietário e também o motivo que levou a pessoa a deixar os embrulhos no quintal das duas casas.
O delegado Mario Henrique Jorge, que apura os casos, afirmou que a investigação pretende descobrir primeiro a origem do dinheiro.
“Nós levantaremos todas as hipóteses. Estamos buscando a origem do dinheiro. Não há uma lógica em casos como este. Mas loucura pode ter em qualquer lugar”, disse o delegado Mario Henrique Jorge.
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Fonte: G1
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