
Conhecido como geração canguru, o grupo é formado em sua maioria por homens (cerca de 60%), com mais anos de estudos e ocupação menor que de outros residentes no domicílio.
“É um percentual bem significativo. Essa geração canguru vive como filho na residência, mas tem rendimento. As razões não se restringem à questão financeira. Uma das hipóteses é que as pessoas queiram estudar mais. Além disso, as pessoas estão casando e tendo filhos mais tarde e o amadurecimento também parece estar mais tardio”, afirma a coordenadora da Síntese de Indicadores Sociais, Ana Saboia.
A média de anos de estudos desses jovens é de 10,8 anos, frente aos 9,6 anos de estudo de outros residentes do domicílio. A taxa de ocupação de 91,4%, por sua vez, é menor que a de outros residentes do domicílio).
Outra característica é a maior frequência em famílias de renda mais elevada. Do total de domicílios no país, 11,5% têm algum jovem na condição de filho no domicílio. Nas famílias com renda per capita até 1/2 salário mínimo, a taxa é de 6,6%, enquanto chega a 10,7% na faixa entre 1/2 e um salário mínimo, 10,7%. A participação sobe para 13,9% nos domicílios com renda per capita entre um e dois salários mínimos e chega a 15,3% na faixa entre dois e cinco salários. Nas famílias com mais de cinco salários mínimos, a fatia tem leve recuo para 14,7%.
Apenas 10% das jovens mães estudam

De acordo com o estudo, a maternidade também afeta a escolaridade de adolescentes. Entre meninas de 15 e 17 anos sem filhos, 88,1% estavam estudando quando a pesquisa foi feita. Para aquelas que tinham um filho ou mais, somente 28,5% estudavam; 68,7% delas não estudavam e nem completaram o ensino médio (fase escolar que deveriam estar cursando).
Os índices também são bem diferentes quando todas as mulheres entre 15 e 49 anos são analisadas. 54,6% das que tinham pelo menos oito anos de estudo têm filhos, contra 77,9% das mulheres com até sete anos de estudo – uma diferença de 23,3 pontos percentuais.
As regiões Norte e Centro-Oeste do país apresentam diferenças menores do que a média nacional – 17,1 e 21,3 pontos percentuais, respectivamente. Já a região Sul apresenta a maior diferença: 54,3% das mulheres com oito anos de estudo ou mais têm filhos, contra 79,8% das mulheres com até sete anos de estudo. A diferença é de 25,5 pontos percentuais.
Taxa de fecundidade

A menor taxa de fecundidade (1,6 filho por mulher) foi encontrada nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
O estudo ainda indica que a proporção de mulheres que não têm filhos está aumentando. Na faixa etária de 25 a 29 anos, por exemplo, 32,2% não eram mães em 2002. Dez anos depois, este indicador atingiu 40,5% das mulheres.
Chefe de família
As estatísticas mais recentes sobre as mulheres brasileiras ainda mostram que elas estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho e com níveis de escolaridade mais elevados do que os homens. Estas mudanças influenciam o comportamento social das mulheres tanto no âmbito público, como no privado.
Houve um aumento considerável da proporção de mulheres responsáveis pelos núcleos familiares entre 2002 e 2012. No caso dos núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres passou de 6,1% para 18,9%. Nos casais com filhos, aumentou de 4,6 % para 19,4%.
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Fonte: O Globo e G1
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