Em uma véspera de Natal bastante fria, o evangelista chinês Xi pegou a estrada na província de Gansu, na China. Ao chegar à aldeia vizinha, percebeu que algo estava errado. Decidiu parar e se apresentar como um portador de boas notícias. Um homem de baixa estatura o interrompeu: “Bem, temos apenas más notícias por aqui. O bebê de um casal acabou de ser raptado”.
Nas áreas mais pobres da China, onde os casais podem ter apenas uma criança por família, são comuns os casos em que filhos são roubados ou mesmo arrancados à força para serem entregues a casais ricos que moram nas grandes cidades e não têm filhos.
Xi entrou na casa e deparou-se com o marido e a esposa olhando discretamente para ele. A tristeza do casal podia ser percebida pelo ar pesado que dominava o ambiente. Convicto da única coisa que podia oferecer como consolo, ele disse: “Eu estou muito triste em ouvir sobre sua situação, mas eu conheço alguém que pode ajudá-los: Deus! Permitam-me orar a Ele pela vida de vocês”.
Como não houve qualquer reação por parte do casal, Xi iniciou sua oração, sentindo-se muito desconfortável. “Querido Pai, há muito tempo, nesta mesma época do ano, o Senhor enviou uma criança ao mundo e salvou-nos a todos. Pedimos hoje que esta criança seja enviada de volta para nós e livre esta aldeia da tristeza na qual seus habitantes estão vivendo. Amém”.
De repente, o marido gritou: “Cale a boca e vá embora. Nós já clamamos aos nossos deuses e nada aconteceu. Por que com o seu Deus será diferente?” O evangelista foi agarrado por outros moradores e arrastado para fora da aldeia. “Não se atreva a vir aqui de novo!”, disseram eles.
Ele vagou pelas colinas por um tempo, sentindo-se humilhado, chorando e clamando a Deus. Então pensou: Eu fui para a aldeia esperando uma recepção heroica, ou pelo menos, confiei que seria uma curiosidade para aquela aldeia, seria interrogado e, por algumas horas, seria a atração de pessoas que vivem vidas muito maçantes e isoladas. Ao invés disso, eu fui tratado e rejeitado como Cristo foi.
Ajoelhado na neve, ele sabia exatamente o que tinha de fazer: voltar à aldeia, sabendo que, com certeza, seria desprezado. Mesmo assim, ele precisava seguir os passos do Mestre Jesus. Com o coração batendo forte, ele se virou e começou a caminhar lentamente de volta ao vilarejo do qual foi expulso anteriormente. De repente, em meio à neblina da tarde, ele ouviu o choro de um bebê vindo do que parecia ser um cesto.
Nítido o suficiente, a poucos metros à frente, estava um bebê, enrolado em um cobertor grosso, deitado no fundo do cesto. Xi foi até o local para abraçá-lo e transmitir um pouco de calor a ele. Era uma menina. Os ladrões que a sequestraram não sabiam que era uma menina e, quando descobriram, deixaram-na abandonada ali, para morrer.
Ele caminhou de volta para a aldeia com o precioso pacote em mãos. Os moradores vieram correndo. Eles ficaram surpresos e muito felizes! Quando o levaram para a casa do pobre casal, o sorriso no rosto da mãe quando o bebê foi colocado em seu colo foi inesquecível. “Venha aquecer-se pelo fogo”, sugeriu, gentilmente, o marido. Deram uma cadeira para o evangelista, e com os outros moradores ao redor deles, o pai da criança perguntou: “Quem é esse Deus para o qual você orou?”.
Veja só que oportunidade maravilhosa! Lá estava Xi, como convidado de honra, olhando para 30 pessoas que, ansiosas, esperavam ouvir sobre o evangelho da salvação. “Bem”, começou ele, “Ele veio à Terra na forma de um pequeno bebê, neste mesmo período do Natal, há mais de 2 mil anos…”.
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Fonte: Portas Abertas