Potyra tenta manter o animal hidratado Edilson Lima | Ag. A TARDE |
O motorista Jelcnei Júnior conta que o animal estava com o bico enterrado na areia parecendo estar morto quando foi encontrado. "Achei que ele tinha morrido, peguei água e comecei a molhar. Então, ele reagiu, mas ainda está todo molinho, não anda, só fica olhando as pessoas", conta o rapaz que também ajuda a ave.
O pinguim chamou a atenção de estudantes do Colégio Nossa Senhora da Luz, que faziam uma atividade na praia. A aluna Sueny de Oliveira, de 13 anos, aproveitou para fazer carinho no animal. "Fiquei encantada, mas triste porque ele está sofrendo", afirma.
Socorro - Potyra e Jelcnei reclamaram da demora no atendimento. A Superintendência de Telecomunicações das Polícias (Stelecom) registrou a ocorrência às 6h37 e disse que encaminhou uma equipe da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), que não chegou na praia.
O recolhimento de pinguins é de responsabilidade do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. De acordo com funcionários do órgão, eles só foram informados da ocorrência, por volta de 9 horas, e enviaram uma equipe para o local, que chegou por volta de 10h15.
O técnico ambiental Jair Dias disse que, apesar do animal ter sido molhado por Potyra e Jelcnei, a ave está desidratada. "Ele aparenta fraqueza, até pela distância que deve ter percorrido e as asas tem lesões leves, possivelmente por ter batido em arrecifes", explica.
Ocorrência - Outro pinguim foi resgatado na orla de Madre de Deus no último sábado, 13. De acordo com a bióloga e coordenadora dos Instituto Mamífero Aquáticos (IMA), Sheila Serra, o animal estava debilitado pelo deslocamento, mas passa bem. Ela disse que esse foi o primeiro pinguim a ser encontrado na orla de Salvador e Região Metropolitana (RMS).
De acordo com a bióloga, desde 2008, quando centenas de aves dessa espécie apareceram na orla baiana, o número de ocorrência reduziu. Sheila Serra diz que os pinguins chegam na praia depois de se perderem do bando quando saem para se alimentar. "Eles ficam vagando pelo oceano, parando em diversos lugares. Quando eles estão dentro d'água, nadando tranquilo, não recomendamos que seja retirado. Só resgatamos, quando estão na areia, em situação de prostação", explica a bióloga.
Ag. A TARDE
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