Em protesto desde ontem, motoristas pedem encontro com o governador Geraldo Alckmin em São Paulo, que promete indiciá-los criminalmente e fazê-los pagar pelos prejuízos das paralisações; reivindicações envolvem melhorias nas condições de trabalho, subsídio ao preço do óleo diesel e isenção do pagamento de pedágio pela categoria
247 – Em meio à onda de protestos que ocorrem em todo o País, os caminhoneiros decidiram também fazer suas reivindicações. Desde ontem, as manifestações têm paralisado diversas rodovias, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Nesta terça-feira 2, porém, elas já chegam a sete estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal e das concessionárias responsáveis.
Os manifestantes paulistas pedem um encontro com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e nesta segunda-feira afirmaram que não deixariam a Rodovia Castello Branco se não conseguissem acordar uma conversa. A via ficou bloqueada por cerca de 15 horas. Alckmin, por sua vez, foi duro com a categoria: afirmou que pretende indiciar criminalmente os responsáveis pela paralisação, aplicar multas e fazê-los pagar pelos prejuízos decorrentes dos bloqueios das rodovias.
O Movimento União Brasil Caminhoneiro pede subsídio ao preço do óleo diesel e isenção do pagamento de pedágio pela categoria em todas as rodovias do País. Os manifestantes reivindicam, ainda, a criação de uma secretaria do transporte rodoviário de cargas, subordinada diretamente à Presidência da República, e aprovação de um projeto de lei que aprimora a Lei do Motorista. O PL está em tramitação no Congresso.
Leia abaixo reportagem da Agência Brasil sobre os protestos:
Rodovias amanheceram interditadas em sete estados
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Caminhoneiros em protestos interditam, total ou parcialmente, rodovias federais em sete estados na manhã de hoje (2). De acordo com balanço nacional divulgado há pouco pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Minas Gerais (MG) concentra o maior número de bloqueios: sete em duas rodovias, a BR-381 e a BR-040. Também são registradas interdições em estradas do Rio Grande do Sul (RS), da Bahia (BA), do Espírito Santo (ES), de Mato Grosso (MT), do Paraná (PR), do Rio de Janeiro (RJ).
No Rio Grande do Sul, seis trechos estão bloqueados por caminhoneiros. Na BR-101, a interdição ocorre no município de Três Cachoeiras; na BR-392, em dois pontos na altura de Pelotas e um em Canguçu; na BR-472, em Santa Rosa; e na BR-116, no município de Capão do Leão.
Na Bahia, os protestos ocorrem em dois pontos da BR-242, em Barreiras e em Luis Eduardo Magalhães; e ainda na BR-116, em dois trechos no município de Candido Sales.
No Espírito Santo, a PRF contabiliza três interdições na BR-101, em Iconha, Rio Novo do Sul e Atílio Vivacqua; e uma na BR-262, em Viana. Em Mato Grosso, os caminhoneiros protestam na BR-364, em Cuiabá.
No Paraná, na BR-277, o protesto se concentra em Guarapuava. No Rio de Janeiro, onde foram registrados cinco protestos ontem, os caminhoneiros bloqueiam a BR-101, em São Gonçalo. Em Santa Catarina, na BR-153, em Concórdia.
De acordo com representantes do Movimento União Brasil Caminhoneiro, a principal reivindicação dos profissionais que aderiram à paralisação é a garantia de melhorias nas condições de trabalho. Eles também cobram redução do preço do óleo diesel.
Além dos protestos em estradas federais, também ocorreram de paralisações em outras vias. Em São Paulo (SP), durante quase duas horas e meia, a manifestação de caminheiros provocou congestionamento de 11,5 quilômetros (km) na Marginal Pinheiros, no sentido Rodovia Castello Branco. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a interdição começou às 7h próximo à Ponte Eusébio Matoso, na zona sul da capital.
Edição: Marcos Chagas
Fonte: Opnião sul
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