segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Após estupro, polícia refaz passos de jovem no Morro da Mineira, no Rio





Vítima prestou depoimento por cerca de quatro horas nesta segunda (19).
Jovem de 18 anos relatou ter sido violentada por quatro homens.


Jovem vítima de estupro no Morro da Mineira chega à 6ªDP (Cidade Nova) nesta segunda (19) (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Jovem vítima de estupro no Morro da Mineira chega à 6ªDP (Cidade Nova) nesta segunda (19) (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
Após cerca de quatro horas de depoimento, a jovem de 18 anos, vítima de um estupro coletivo na madrugada deste domingo (18), no Morro da Mineira, no Conjunto de Favelas de São Carlos, no Centro do Rio, foi acompanhada da mãe e da delegada titular da 6º DP (Cidade Nova), Valéria Aragão, por volta das 16h desta segunda-feira, à comunidade para refazer o caminho da jovem e de seus agressores.
"Estamos indo fazer a diligência em todos os locais que ela narrou. Não era um baile, era um estabelecimento comercial que tocava música funk. Não houve baile funk nessa noite. Existem inúmeras diligências, temos testemunhas a ouvir, foi muito importante o testemunho mais esclarecido da vítima, apontando possíveis testemunhas. Ela já conhecia de vista um dos elementos, não temos qualificação ainda, mas vamos em busca para obter isso agora. Já tive contato com o comandante da UPP, que vai acompanhar também a diligência. Estupro é um crime muito sério, como todos sabemos, então, tem que ser examinado com toda a cautela pra nós alcançarmos êxito e responsabilizarmos quem deve ser responsabilizado", declarou a delegada.
Ainda segundo Valéria Aragão, a vítima narrou em depoimento que foi abordada por cerca de seis a oito rapazes, destes, quatro teriam cometido violência sexual contra a jovem.
"Ela apontou um grupo de seis a oito elementos, mas atos sexuais, quatro homens. Não sabemos se maiores de idade ou menores, não temos a qualificação ainda, mas quatro elementos que cometeram algum ato sexual. Alguns saíram, outros permaneceram. A gente ainda vai ouvir as testemnhas. A vítima está muito confusa e debilitada. Agora, os depoimentos são muito importantes", afirmou.
Violência sexual
De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi levada pelos criminosos para uma rua no Catumbi, próximo ao Túnel Santa Bárbara, onde a obrigaram a praticar sexo com eles.
Após o crime, a jovem pediu ajuda a policiais da UPP do São Carlos. A UPP do São Carlos foi instalada no dia 17 de maio de 2011.

De acordo com a assessoria das UPPs, ela foi levada pelos PMs para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e depois ao IML para exame de corpo de delito. O baile funk não possuía autorização para ser realizado, segundo a assessoria.
Investigação
O registro da ocorrência foi feito na 6ª DP (Cidade Nova). Os agentes estão realizando diligências para tentar identificar os autores do estupro.
Segundo a mãe da vítima, a jovem tomou duas injeções por causa do abuso e, por isso, sente dificuldade para andar. A mãe contou ainda que um dos criminosos já teria tentado "ficar" com a filha dela algumas vezes, em outros bailes.  "Ela dizia pra ele que tinha namorado, mas ele ficava insistindo", disse a mãe que levou para a delegacia uma foto do suposto agressor.
A mãe da jovem disse também que a filha estava acompanhada de uma amiga que a abandonou no local.
"Minha filha ligou para ela [a amiga] e ela disse que não tinha visto nada. Minha filha disse que ela não era amiga dela, porque ela teria tentado ajudar. Eu não gostava da amizade das duas porque desde que elas começaram a amizade, ela só levava minha filha pra rua. Descobri que ela faltou aula dois meses pra sair com essa menina e cheguei a ligar pra casa da mãe dela pra dizer que não queria a filha dela lá em casa e nem a minha na casa dela", disse a mãe.
Ainda segundo a mãe da vítima, elas estudaram juntas e se conhecem há um ano. No entanto, moram em comunidades diferentes.
Fonte: G 1

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