Thiago Faria foi morto com 4 tiros na cabeça, no Agreste de Pernambuco.
Até o início da noite desta segunda, nenhum suspeito havia sido detido.
Governador Eduardo Campos teve encontro reservado com
o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, e o
procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, para tratar
do caso (Foto: Eduardo Braga / SEI)
O corpo do promotor carioca Thiago Faria Soares, assassinado na manhã desta segunda-feira (14), em Itaíba, no Agreste de Pernambuco, será necropsiado no Recife. A transferência do Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru para o da capital ocorre esta noite. Na terça (15), o corpo será levado para Águas Belas, cidade onde ele morava com a noiva, onde será enterrado a partir das 15h30. A Polícia Civil informou que já tem suspeitos e linhas de investigação do crime, mas não informou detalhes para não atrapalhar as investigações. As informações foram repassadas pelo secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, após encontro reservado com o governador Eduardo Campos e o procurador-geral de Justiça Aguinaldo Fenelon, na sede provisória do governo estadual, em Olinda, GrandeRecife.
"As instituições vão dar resposta a esse bárbaro crime, fazendo a investigação da forma mais célere e segura. Falamos agora há pouco com o procurador-geral da República, que designou, como procurador-geral, três promotores, e como conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público, mais dois, que estão chegando [ao Recife] para nos ajudar no trabalho integrado para a conclusão mais rápida do inquérito. Aqui não haverá impunidade", disse. Até o início da noite desta segunda, nenhum suspeito havia sido detido.
Promotor trabalhava no Agreste do estado
(Foto: Facebook/Arquivo Pessoal)
Cerca de 50 policiais trabalham no caso, além de seis promotores estaduais e dois promotores federais, especialistas na área criminal, que devem chegar a Pernambuco nesta terça. De acordo com Damázio, Thiago Faria Soares seguia paraItaíba com a mulher e um tio dela, quando um veículo encostou e fez um disparo, em um trecho da PE-300. O promotor parou no acostamento, quando os suspeitos deram o retorno e atiraram novamente.
Damázio afirmou que a vítima levou quatro tiros de revólver calibre 12, todos na região da cabeça. "Foi execução. O alvo era ele, pois os executores tiveram oportunidade de matar as outras pessoas. Temos equipes especializadas nesse caso, várias buscas já foram feitas, temos suspeitos da prática desse crime e, certamente, em pouco tempo daremos a resposta. Temos uma linha principal e outras secundárias, mas não podemos adiantar essas linhas", disse.
O governador disse que, até o momento, não chegaram informações de que o promotor sofria ameaças e também não havia ocorrência contra ele na Polícia Civil nem no Ministério Público. O procurador-geral de Justiça disse que não pediu proteção especial para promotores do estado. "Promotores não são super-homens, hoje todo cidadão corre risco. Não vamos nos intimidar", comentou.
Fonte: G1
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