Há 15 dias, a importação de 4 mil toneladas de cacau marfinense com insetos pela Nestlé, de Itabuna, no navio Impala, acendeu a luz vermelha entre as representações dos produtores de cacau que temem a disseminação de mais uma praga na lavoura. Os sindicatos rurais de Itamari e Ilhéus ingressaram com ações na Justiça Federal, em Ilhéus, para cessar os efeitos da Instrução Normativa nº 47/2011 do Mapa, que abrandou as exigências de importação.
Os cacauicultores alegam que a região cacaueira sul baiana está em processo de recuperação dos graves efeitos da vassoura-de-bruxa, cujo fungo foi criminosamente introduzido na lavoura baiana, no final da década de 80, de acordo com investigações inconclusivas da Polícia Federal. Há o temor de que continue a importação de mais cacau africano sem prévia fiscalização no porto de origem, como acontecia antes da IN nº 47/2011.
Após a primeira ocorrência, o Ministério determinou à Ceplac a emissão de laudos de qualidade e entomológicos, que concluíram não ser a praga de importância quarentenária para o Brasil. Além disso, foi recomendado que a carga da Nestlé passasse pela aplicação de fosfoxina para eliminar os riscos de contaminação.
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