quinta-feira, 4 de outubro de 2012

ONS apura causas de incêndio que deixou quatro regiões do país sem luz



Corte de energia aconteceu as 20h55 e atingiu municípios de todos os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de municípios do Acre e Rondônia. Furnas afirmou que manutenção está em dia.


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apura as causas de um incêndio na subestação de Foz do Iguaçu, que interrompeu o fornecimento de luz, nessa quarta-feira (3) à noite, em quatro regiões do país.
Uma foto mostra o momento em que os bombeiros entraram em ação: o fogo atingiu um dos equipamentos da subestação de Furnas, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Em outra, o fogo já aparece controlado, mas ainda há muita fumaça.
Segundo Furnas, concessionária por onde passam 40% da energia do país, o incêndio foi provocado por um curto-circuito em um transformador auxiliar. Em seguida, outros três foram desligados automaticamente, interrompendo a distribuição de cinco mil megawatts da Usina de Itaipu para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
O corte de energia aconteceu as 20h55 e atingiu municípios de todos os estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste, além de municípios do Acre e de Rondônia.
Alguns segundos após o incêndio no equipamento foi acionado um esquema de corte seletivo de energia. Por isso, vários municípios tiveram parte do fornecimento de energia desligada pelas concessionárias. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, foi uma medida para evitar um apagão em todo o país.
Cerca de 27 minutos depois da interrupção, as concessionárias foram orientadas a normalizar o abastecimento. No Rio de Janeiro, alguns bairros chegaram a ficar no escuro mais de três horas.
Para o Operador do Sistema, o corte representou 6% da energia consumida naquele momento.
“A manutenção está em dia, tudo direitinho. Mesmo assim você não está livre de um defeito”, apontou o diretor do ONS, Hermes Chipp .
Há pouco mais de uma semana, um apagão atingiu 11 estados do Norte e do Nordeste por causa de um curto-circuito em uma subestação de energia, no Maranhão.
Para um dos maiores estudiosos em energia do país, o diretor da COPPE da UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, é preciso observar mais como está a manutenção das redes.
“Esse sistema tão grande e tão complexo como é o brasileiro exige um cuidado muito grande de supervisão, de acompanhamento, de troca de equipamentos. Não posso dizer que isso vai bem, senão, não aconteceria”, ressaltou.
Em nota, Furnas afirmou que a manutenção da unidade está rigorosamente em dia.
Fonte: Jornal Nacional

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