Imagem: DivulgaçãoSegundo relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) nesta quarta-feira(26) o consumo de cocaína aumentou no Brasil. De acordo com o documento, a prevalência estimada do uso da substância entre a população é de 1,75% atualmente, contra 0,7% em 2005. O dado atual é uma estimativa feita pela UNODC, devido a falta de dados oficiais brasileiros. O relatório menciona também um estudo realizado em 2010, em 27 capitais brasileiras, que mostra que, entre estudantes universitários, o consumo da droga é maior, chegando a 3%. Segundo O UNODC, em 2011, mais da metade da cocaína apreendida no Brasil tinha origem na Bolívia (54%), seguida pelo Peru (38%) e Colômbia (7,5%).
A ONU demonstrou grande preocupação com o aumento de quase 50% das novas substâncias psicoativas em dois anos e meio. As drogas desse tipo atuam no sistema nervoso central e entre elas estão a ketamina (cujo uso aprovado é como analgésico) e substâncias feitas a partir de plantas, seguidas de piperazinas (usadas muitas vezes para simular os efeitos do ecstasy), catinonas sintéticas (conhecida como khat nos EUA, que induz a euforia e tem sua venda controlada ou mesmo proibida em vários países), feniletilaminas (que liberam dopamina no cérebro) e, em menor extensão, os canabinóides sintéticos (drogas que emulam os efeitos da maconha).
A variedade de substâncias desse tipo passou de 166 para 251, entre o final de 2009 e meados de 2012, um aumento de mais de 50%. Entre os jovens de 18 a 24 anos da União Europeia, 5% já consumiram essas substâncias. Mais de 60% dos países mencionados no relatório indicaram que sedativos e tranquilizantes estão entre os três tipos de substâncias mais consumidas. Nos Estados Unidos, as substâncias psicoativas são as drogas mais consumidas entre os estudantes, estando presentes também na Ásia e na África.
Em todo o mundo, a maconha continua sendo a droga ilegal mais consumida, com 180 milhões de usuários, segundo as estimativas mais recentes do UNODC. Em 2011, o número de mortes associadas às drogas foi estimado em 211.000.
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Fonte: Veja