terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Após 27 anos, Comissão de Mortos e Desaparecidos identifica ossada da Vala de Perus em SP






Restos mortais de militante político passaram por exames em laboratório bósnio


O trabalho de limpeza e remontagem dos esqueletos encontrados em Perus é meticuloso e muito delicado - Michel Filho / O Globo/Arquivo


RIO - A ossada do desaparecido político Dimas Antonio Casemiro foi identificada entre as mais de 1.047 localizadas em 1990 na vala clandestina de Perus, em São Paulo. É a quarta identificação desde o descobrimento dos restos mortais, mas a primeira do trabalho realizado pela equipe de antropologia forense contratada pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos do governo federal, em 2014.
O grupo fez uma triagem e enviou mil amostras de ossadas para um laboratório na Bósnia, o único que faz exames de DNA mitocondrial, por meio dos ossos. Foi realizada uma checagem entre essas amostras e DNA de familiares. Até o momento, apenas um resultado obteve identificação, o de Casemiro. A equipe enviará mais 400 amostras nos próximos dias para que sejam submetidas ao mesmo procedimento. A família de Casemiro já foi informada e agora aguarda os restos mortais, que devem ser transladados para Votuporanga, no interior paulista.

Dirigente do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), Casemiro foi preso em 17 de abril de 1971. De acordo com as investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV), ele foi preso e torturado por quase dois dias no Destacamento de Operações e Informações - Centro de Operações e Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo até morrer. O corpo só foi encaminhado ao IML, sustenta a CNV, depois que a notícia de sua morte saiu nos jornais, no dia 18 daquele mês.

Na versão apresentada à época, ele teria trocado tiros com a polícia na rua Elísio da Silveira, no bairro Saúde, às 13 horas do dia 17 de abril. As investigações da CNV e da Comissão Especial e Mortos e Desaparecidos mostram, porém, que o corpo de Dimas, só deu entrada no IML no dia 19 de abril.

O grupo fez uma triagem e enviou mil amostras de ossadas para um laboratório na Bósnia, o único que faz exames de DNA mitocondrial, por meio dos ossos. Foi realizada uma checagem entre essas amostras e DNA de familiares. Até o momento, apenas um resultado obteve identificação, o de Casemiro. A equipe enviará mais 400 amostras nos próximos dias para que sejam submetidas ao mesmo procedimento. A família de Casemiro já foi informada e agora aguarda os restos mortais, que devem ser transladados para Votuporanga, no interior paulista.

Dirigente do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), Casemiro foi preso em 17 de abril de 1971. De acordo com as investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV), ele foi preso e torturado por quase dois dias no Destacamento de Operações e Informações - Centro de Operações e Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo até morrer. O corpo só foi encaminhado ao IML, sustenta a CNV, depois que a notícia de sua morte saiu nos jornais, no dia 18 daquele mês.

Na versão apresentada à época, ele teria trocado tiros com a polícia na rua Elísio da Silveira, no bairro Saúde, às 13 horas do dia 17 de abril. As investigações da CNV e da Comissão Especial e Mortos e Desaparecidos mostram, porém, que o corpo de Dimas, só deu entrada no IML no dia 19 de abril.


Fonte: O globo

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