REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Se o secretário de Infraestrutura e governador em exercício da Bahia, Otto Alencar, tivesse a mesma preocupação que está tendo com a situação da BR-324 em relação a outros serviços fiscalizados e regulados pelo Governo do Estado, com certeza os baianos estariam muito bem atendidos. E felizes.
É do conhecimento público que os serviços prestados pela ViaBahia, concessionária que explora a rodovia federal BR-324, deixam muito a desejar. São insatisfatórios. A empresa tem cometido falhas gritantes na operação e causado muitos transtornos aos usuários.
Mas, é realmente muito estranha essa insistência do governador Otto Alencar em bater tanto em órgãos de fiscalização, como o fez agora, despejando críticas violentas à Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, que segundo ele, não fiscaliza nada. Será que a nível do Governo da Bahia, a rodovia estadual pedagiada BA-093, da concessionária Bahia Norte é fiscalizada ou é uma “parceira” do órgão fiscalizador do Estado, a Agerba? E a Linha Verde, é fiscalizada?
Como diz o ditado, macaco não olha para o rabo.
Macaco não Olha para o Rabo – É bonito assistirmos ao secretároo Otto Alencar exigindo melhorias na BR-324. Todo mundo aplaude. Agora, os serviços públicos concedidos pelo Governo da Bahia são uma lástima, e o governador em exercício nada diz. É o caso do Sistema Ferryboat, regulado por um órgão controlado por ele, a Agerba. A população continua sendo pessimamente atendida, os ferries estão sucateados, e nada se faz. Triste Bahia!
Sob o domínio do secretário Otto Alencar encontra-se na estrutura do Governo da Bahia, a Agerba (Agência Estadual de Regulação de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia). Dispensa comentário a pífia atuação da agência estadual na fiscalização dos serviços que regula.
Elefante branco - Uma lástima. De uma agência que já foi referência nacional, o governo atual da Bahia conseguiu transformar a Agerba em um órgão vazio, num elefante branco, em um cabide de emprego para abrigar afilhados políticos de tudo quanto é partido, principalmente do PSD do secretário Otto Alencar.
Por conta da falta total de autonomia da agência estadual para cumprir o seu papel de fiscalizar serviços públicos concedidos, a Agerba talvez seja o órgão mais inexpressivo na estrutura do governo baiano e o menos respeitado pelo cidadão.
Por conta da falta de autonomia, por ter diretores noemeados por políticos, sem mandato como ocorrem com todas as agências de regulação, a Agerba perdeu o respeito da população. Perdeu o convênio com a Annel, no início do governo Wagner. Chegou a ensaiar um convênio com a ANTT, que desistiu quando desconfiou que a Agerba estava com suas atribuições totalmente distorcidas.
Os holofotes de Otto – Pois bem. É bonito se assistir tantos holofotes voltados para o governador Otto Alencar. Para ele, é só alegria. O secretário deita e rola quando pede o fim do contrato de concessão da ViaBahia. Que bom para a população ver tanta preocupação de um governante.
Contudo, os serviços que realmente deveriam ser mais fiscalizados, o Governo da Bahia nada faz. São os péssimos serviços da Embasa (empresa de água e esgoto) as rodovias estaduais pedagiadas, o transporte clandestino de passageiros que tomou conta da Bahia, entre outros.
E o Sistema Ferryboat, o que dizer desse servicinho medíocre prestado por uma concessionária que o governo foi “descobrir” no Maranhão? E olha que o governador em exercício da Bahia garantiu, faz um ano, que no Verão (do ano passado) os usuários teriam um serviço de primeiro mundo.
Só Sucata - O sistema encontra-se completamente sucateado, apesar de o governo ter gasto mais de R$ 40 milhões para “reformar” os navios. A Internacional Marítima, que a Seinfra do secretário Otto Alencar foi buscar no Maranhão do senador José Sarney como “solução”, é uma gracinha.
Em vez de fiscalizar o sistema, a Agerba, o “órgão fiscalizador” da Seinfra, é proibida até de multar a concessionária. A concessionária, que ganhou um contrato “emergencial” de seis meses para tomar conta do ferry, resolveu prorrogá-lo, dizem, por conta própria – o contrato emergencial terminou dia 14 passado e o governo nada diz
Fonte: Opnião sul
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