quinta-feira, 3 de abril de 2014

Página do Facebook e artistas dão continuidade ao projeto "Eu não mereço ser estuprada"




Foto: Metropress

33.021 pessoas se manifestaram contra a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) -- segundo a qual 65% dos brasileiros acham que mulheres com roupas curtas merecem ser atacadas -- ao curtir a página do Facebook que dá continuidade ao projeto "Eu não mereço ser estuprada". A campanha que deu nome à página foi criada pela jornalista Nana Queiroz, depois de reunir relatos de violência sexual contra homens e mulheres de todas idades.


A página da rede social reúne narrativas chocantes de meninas e meninos, em sua maioria anônimos, que sofreram diferentes tipos de assédio e violência sexual. Alguns casos impressionam pela idade das vítimas - algumas com 5 ou 6 anos de idade - ou pelo perfil dos agressores, que é o mais variado.


Durante as últimas semanas, milhares de pessoas de manifestaram através das redes sociais usando a hashtag #eunãomereçoserestuprada, incluindo algumas figuras públicas como Pitty, Valesca Popozuda, Daniela Mercury e Fátima Bernardes.


Na última segunda-feira (31), uma das vítimas de estupro dos músicos da banda New Hit se manifestou na página do Facebook. Seis músicos da extinta banda são acusados de estuprar, em 26/8/2012, duas adolescentes, à época com 16 anos, após um show. No depoimento, a vítima afirma que "O que eles fizeram comigo de saia curta, eles iriam fazer se eu estivesse de vestido longo. As mulheres não têm que aprender a se vestir, os homens tem que aprender a não estuprar". Os integrantes da banda nunca foram penalizados. (g1)

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