As madrugadas das emissoras estão carentes de programação: Imagem ilustrativa de um estúdio de rádio
Por Agnaldo Santos-As emissoras de rádio, principalmente de Frequência Moduladas (FMs), perderam seus ideais e sua identidade, desde o final dos anos 90 e início da era 2000, quando começaram substituir os locutores, que apresentavam bons programas românticos nas madrugadas, por programas de computador. A programação, ficou completamente descaracterizada, porque apenas se houve um toque de hora certa, e uma atração sem qualidade e sem vida. Poucas emissoras, tem programação com locução ativa 24 horas, mas a maioria não. A facilidade tecnológica no rádio, ajuda em muitos aspectos e possui na atualidade, bons produtos como a Playlist, e vários outros que facilitam a inclusão de um vasto repertório musical, e a vida dos apresentadores e sonoplastas Durante o dia, mas esta tecnologia, deveria ser também aproveitada durante à noite. Mas daí substituir um bom comunidador pela pelo programa de computador nas madrugadas!, aí também já é demais. Mesmo que as emissoras não queiram contratar profissionais para as madrugadas, o que seria o mais sensato, que pelo menos, incentivem profissionais do seu quadro fixo, a produzirem mensagens com locução para o público das madrugadas, com a participação direta dos ouvintes em gravações feitas durante o dia, deixando seu recado e seu alô. O locutor pode ler uma carta de um ouvinte, uma mensagem romântica, traduzir uma linda canção internacional, tudo isso atrai a atenção do grande público, nas madrugadas, porque ninguém fala unicamente para as quatro paredes. Sempre tem um ouvinte do outro lado ouvindo o rádio, tentando ouvir, uma palavra amiga. Mas as emissoras de rádio de FM, parecem que perderam a noção do tempo, e em pleno século 21, mesmo com toda tendência tecnológica ao seu alcanse, regrediram de uma forma tão absurda, que nem pode se comparar com os anos 70 e 80, porque nestes, os programas da madrugada nas emissoras, eram bem produzidos e com um locutor sempre apostos, para falar com o ouvinte do outro lado do rádio. A idéia que se tem das rádios de “frequência moduladas”, com este comportamento, é que querem cortar despesas, não contratando um profissional para o horário , ou definitivamente estão caindo em declínio financeiro, terminando por deixar que o MP3 faça o trabalho artificial que um radialista poderia desempenhar com maestria profissional.
Agnaldo Santos é radialista profisisonal desde 1985 com passagens por sete emissoras de rádios e quatro redações atuando como jornalista
Fonte O tempo jornalismo
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