quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Órgão de defesa do consumidor lista alimentos que não são o que parecem




Quanto tempo você gasta lendo a embalagem de um produto no supermercado? Um levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) serve de alerta àqueles que concluírem que não prestam atenção aos rótulos durante as compras.

A pesquisa aponta categorias de produtos que não são exatamente o que aparentam. Entre elas, estão a linguiça “tipo” calabresa, que pode levar carne de frango, ou o molho de mostarda, que pode ser confundido com a mostarda.

Para identificar essas “pegadinhas”, é preciso ficar atento àsinformações da embalagem. “Ler a lista de ingredientes é uma maneira de identificar o que de fato se está comprando”, diz Ana Paula Bortoletto, nutricionista e pesquisadora do Idec.


Além das embalagens, a posição desses itens nas gôndolas do mercado também pode influenciar na compra.

“O cliente compara informações visuais de produtos que estão lado a lado, mesmo que não tenham composições iguais”, afirma Pedro Calabrez, professor de neurociência do consumo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Especialista sugere que o consumidor leia orótulo do produto para identificar o que de fato está comprando

No início de 2012, uma reportagem da Folha elencou produtos gastronômicos que sofreram fraudes, como mozarela de búfala (feita com leite de vaca) e vinhos (com origem irregular).

No levantamento do Idec, porém, nenhum grupo analisado desrespeita a legislação (todos os ingredientes e especificações do produto estão presentes nas embalagens). A pesquisa serve apenas de subsídio para orientar consumidores durante as compras.

Para avaliar as características sensoriais desses produtos, o chef Joël Ruiz, da Escola Wilma Kövesi de Cozinha, participou de uma degustação a convite da Folha.

Foram provadas sete categorias de produtos, como hambúrguer “sabor” picanha, com proteína de soja e carne de ave, e bebida láctea fermentada, que pode ser confundida com iogurte. Em todas foram encontradas deficiências em relação aos produtos “originais” em características como aroma, sabor e textura.

Bortoletto, do Idec, também ressalta que alguns desses produtos podem se valer mais do uso de aromatizantes, corantes e gorduras -ingredientes “que podem deixar o preço final mais barato”.



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Fonte: Folha

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