Os advogados do goleiro Bruno Fernandes,
acusado de matar Eliza Samudio, retardaram como puderam o júri na
semana passada, em Minas Gerais. Uma das apostas do grupo de defensores
do jogador é – ou pelo menos era – a de que, com a sucessão na
presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido de Habeas corpus
para Bruno, negado pelo ministro Joaquim Barbosa em 1º de outubro,
tivesse recurso julgado por outro magistrado. Barbosa foi considerado,
pelos advogados, “muito duro” com o acusado de matar Eliza.
Passada a posse do novo ministro, surge
uma má notícia para o goleiro. O relator do recurso a ser jugado pelo
plenário do STF será ninguém menos que Joaquim Barbosa.
Reduzem-se, assim, as chances de a
prisão preventiva do goleiro Bruno ser revogada. O goleiro está há dois
anos e quatro meses na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na
região metropolitana de Belo Horizonte.
“O Supremo soltou Carlinhos Cachoeira.
Por que não vai liberar o Bruno? Acredito que, em dez dias, o recurso
vai ser votado e Bruno vai passar o Natal em casa”, disse o advogado
Francisco Simim, que deixou a defesa do ex-goleiro para evitar que Bruno
fosse julgado na semana passada. “Oficialmente, eu saí, mas vou
voltar”, avisou Simim.
A forma de atuação dos defensores de
Bruno – que manobraram para conseguir adiar o júri – foi duramente
criticada pelo presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros
(AMB), Nelson Calandra, em entrevista ao site de Veja.
Decisão
No dia 1º de outubro, o
ministro Joaquim Barbosa negou o Habeas corpus que pedia a revogação do
pedido de prisão preventiva de Bruno. Três dias depois, os advogados
fizeram uma declaração de embargo – ou seja, questionam algum detalhe
técnico da decisão de Barbosa.
Segundo a assessoria do STF, o pedido da defesa agora será levado a plenário pelo próprio Barbosa em data ainda não definida.
Deixe o seu comentário no CNA
Fonte: Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário