Militantes do Hamas lançaram na última sexta-feira (16) um foguete contra Jerusalém. Esta foi a primeira vez que a cidade onde está sediado o governo de Israel foi alvo de artilharia aérea vinda de Gaza. A rádio das Forças Armadas de Israel confirmou que um míssil caiu em uma área ao norte da cidade – e que não houve relatos de mortos ou feridos.
O ataque foi confirmado pela porta-voz das Forças de Defesa do país, Avital Leibovich, conforme a BBC. Segundo testemunhas, pela primeira vez os alarmes instalados há quatro anos soaram em Jerusalém.
De acordo com a BBC, veículos de imprensa de Israel e dos Estados Unidos informaram que outro foguete foi lançado de Gaza e caiu no sul de Jerusalém, em Gush Etzion. Segundo a BBC, “bunkers estão sendo abertos para a população em Tel Aviv e em Jerusalém”.
Adler acrescentou que “há uma chance cada vez maior de um ataque terrestre em Gaza por parte de Israel”, diz a agência de notícias.
De Ramallah, na Cisjordânia, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, fez um pronunciamento na TV no qual disse que a atual violência na região não “deterá os esforços palestinos para ganhar um assento de observador na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) no final deste mês”.
Abbas também pediu aos palestinos que se unam diante da “agressão” cometida por Israel. “Nós precisamos de máximo esforço para atingir a unidade nacional e reconciliação”. Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse que o país “não estará satisfeito com um cessar-fogo que será quebrado em uma semana ou duas”.
De acordo com a agência de notícias Lusa, um líder das brigadas Ezzedine al-Qassam, do movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, foi morto na sexta-feira (16) em um ataque aéreo israelense, anunciou um porta-voz do Hamas.
Ahmed Abu Yalal foi morto a leste do campo de refugiados de Al Mughazi, no centro da Faixa de Gaza, em um ataque que vitimou também dois dos seus irmãos e outro homem, disse Ashraf al Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde do governo do Hamas.
A operação israelense contra Gaza foi desencadeada com um ataque aéreo que matou o chefe das ações militares do Hamas, Ahmad Jaabari.
Número de mortos
A sequência de ataques de Israel à Faixa de Gaza matou 12 palestinos apenas neste domingo (18). Desde o início da onda de bombardeios israelenses, que se intensificou na semana passada, depois do assassinato do chefe do braço armado do Hamas, Ahmed Yabari, foram mortos 61 palestinos na região.
Uma das pessoas foi morta em Shejaiya, na parte oriental da cidade de Gaza, e duas na cidade de Jabaliya, a norte da região. Nove palestinos, entre os quais sete membros de uma mesma família, incluindo quatro crianças, foram mortos durante um ataque aéreo que atingiu uma casa em Gaza.
Trégua
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu na noite de domingo (18) que Israel e o Hamas cheguem a um acordo para o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Ele fez um apelo para que os dois lados cooperem com os esforços liderados pelo Egito para negociar uma trégua.
O secretário-geral deve visitar nesta segunda-feira (19) o Cairo para participar das reuniões diplomáticas que tentam interromper a onda de violência na região.
Desde a última quarta-feira (14), quando o comandante militar do Hamas, Ahmed Jabari, foi morto em um ataque aéreo israelense, mais de 80 palestinos e três israelenses foram mortos durante disparos de foguetes.
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* Com informações da Agência Brasil
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