Balão de ar quente voava a 300 metros na hora da explosão de mangueira.
Há três feridos, segundo hospital na região de Luxor.
Dezoito turistas asiáticos e europeus morreram na manhã desta terça-feira (26) vítimas da explosão e da queda de um balão de ar quente nos arredores da cidade histórica de Luxor, segundo autoridades do Egito.
Ahmed Aboud, chefe da associação que representa os balonistas locais, disse que o balão voava a cerca de mil pés de altitude (300 metros) na hora da explosão.
O piloto sobreviveu saltando da cesta quando o aparelho estava entre 10 e 15 metros acima do solo, e foi internado com queimaduras, disse Aboud por telefone.
De acordo com essa fonte, a explosão ocorreu na mangueira entre o botijão de gás e o queimador do balão.
Mohamed Mustafa, médico no hospital que recebeu os feridos, disse que os mortos incluem turistas de Reino Unido, Japão e Hong Kong. Há ainda três feridos, segundo ele. Inicialmente, as autoridades haviam falado em 19 mortes.
A antiga Luxor é um dos principais pontos turísticos do Egito. A cidade é famosa por seus templos faraônicos e pelas tumbas do Vale dos Reis, inclusive a de Tutancâmon.
O governador da Província de Luxor, Mubasher Misr, disse à Al Jazeera que alguns corpos ainda não foram identificados.
Konny Matthews, gerente-adjunta do hotel Al Moudira, em Luxor, disse ter ouvido um estrondo por volta de 7h (2h em Brasília).
"Foi um enorme estrondo. Um estrondo assustador, embora tenha sido a vários quilômetros do hotel. Alguns dos meus funcionários disseram que suas casas balançaram", contou ela por telefone.
O balão pousou na margem oeste do Rio Nilo, onde ficam muitas das principais atrações históricas.
O fotógrafo norte-americano Christopher Michel, que estava a bordo de outro balão -um dos oito que saíram juntos-, disse ao canal britânico Sky News que escutou uma forte explosão.
"Olhei para trás e vi muita fumaça. Não estava imediatamente claro que era um balão."
O balonismo ao alvorecer é uma diversão que atrai muitos turistas na região de Luxor. O turismo é a principal atividade econômica do Egito, mas o número de visitantes despencou depois da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011, seguida por dois anos de instabilidade política que continua até agora.
Em 2010, o Egito recebeu 14,7 milhões de visitantes, cifra que caiu para 9,8 milhões no ano seguinte.
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