Começa nesta terça-feira (20) a operação
‘Lixo Zero’ que multará quem jogar lixo no chão no centro do Rio de
Janeiro. Nos últimos dois meses, funcionários da Comlurb perceberam a
redução de até um terço no volume de resíduos jogados em via pública no
Centro da cidade. Foi nesse período que equipes da companhia percorreram
as vias para flagrar quem ainda confunde ou esquece a diferença entre o
canteiro de uma árvore e uma lixeira e parece que deu certo.
Depois do Centro, em dez dias a
prefeitura começa a aplicar multas em Copacabana. Em meados de setembro,
será a vez de Leblon, Ipanema e Lagoa. As equipes, formadas com até 600
fiscais da Comlurb, guardas municipais e policiais militares — que
serão contratados para trabalhar nas suas horas de folga, vão percorrer
as ruas de 7h às 22h. Estão previstas operações também nos fins de
semanas, mas em pontos específicos da cidade.
Multas entre R$ 157 a R$ 3 mil
Pela
tabela da Comlurb, quem for pego jogando latas de refrigerante,
chicletes, guardanapos, fraldas ou copos plásticos na rua será multado
em R$ 157. Mas o valor sobe de acordo com o volume do lixo. Até um metro
cúbico, o que corresponde a mais ou menos 350 garrafas PET de 2 litros,
um computador ou um pneu, a multa será de R$ 375. Acima de um metro
cúbico, poderá chegar a R$ 980. Para volumes maiores, como um depósito
de entulho, até R$ 3 mil.
Quem for abordado terá que informar o
CPF. Com o número, o fiscal gera na hora um auto de constatação. Com
esse documento, a pessoa poderá emitir o boleto e pagar a multa. Quem se
recusar a fornecer ou não estiver com o CPF em mãos será conduzido até
uma delegacia. Pelas normas, quem não quitar a dívida terá o CPF
registrado no cadastro da Serasa.
A sujeira da cidade é um dos temas mais
criticados por turistas, e o início do ‘Lixo Zero’ é comemorado por
representantes do setor hoteleiro. O presidente da Associação Brasileira
da Indústria de Hotéis (ABIH), Alfredo Lopes, diz que a medida agrada
não só a turistas, mas aos cariocas que não sujam a cidade.
Tamanho das lixeiras
Presidente
da Associação Comercial do Rio, Antenor Barros Leal também se diz
favorável à medida. Mas critica as dimensões das lixeiras à disposição
dos pedestres nas ruas, especialmente no Centro. Para ele, o Rio deveria
seguir o modelo de cidades da Europa, que adotam cestos mais amplos,
que permitem o depósito de objetos maiores.
O presidente da Comlurb defende-se.
Segundo ele, as lixeiras laranjas são usadas incorretamente por muita
gente, que insiste em depositar objetos maiores do que a capacidade do
recipiente. Vinícius Roriz, contudo, afirma que a prefeitura já está
planejando a substituição das atuais lixeiras por compartimentos um
pouco maiores.
Deixe o seu comentário no CNA
Fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário