segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Prefeitura carioca começa a multar quem joga lixo no chão


Imagem: Divulgação
Depois do Centro da cidade, será a vez dos bairros de Copacabana, Leblon, Ipanema e Lagoa
Começa nesta terça-feira (20) a operação ‘Lixo Zero’ que multará quem jogar lixo no chão no centro do Rio de Janeiro. Nos últimos dois meses, funcionários da Comlurb perceberam a redução de até um terço no volume de resíduos jogados em via pública no Centro da cidade. Foi nesse período que equipes da companhia percorreram as vias para flagrar quem ainda confunde ou esquece a diferença entre o canteiro de uma árvore e uma lixeira e parece que deu certo.
Depois do Centro, em dez dias a prefeitura começa a aplicar multas em Copacabana. Em meados de setembro, será a vez de Leblon, Ipanema e Lagoa. As equipes, formadas com até 600 fiscais da Comlurb, guardas municipais e policiais militares — que serão contratados para trabalhar nas suas horas de folga, vão percorrer as ruas de 7h às 22h. Estão previstas operações também nos fins de semanas, mas em pontos específicos da cidade.
Multas entre R$ 157 a R$ 3 mil
Imagem: DivulgaçãoPela tabela da Comlurb, quem for pego jogando latas de refrigerante, chicletes, guardanapos, fraldas ou copos plásticos na rua será multado em R$ 157. Mas o valor sobe de acordo com o volume do lixo. Até um metro cúbico, o que corresponde a mais ou menos 350 garrafas PET de 2 litros, um computador ou um pneu, a multa será de R$ 375. Acima de um metro cúbico, poderá chegar a R$ 980. Para volumes maiores, como um depósito de entulho, até R$ 3 mil.
Quem for abordado terá que informar o CPF. Com o número, o fiscal gera na hora um auto de constatação. Com esse documento, a pessoa poderá emitir o boleto e pagar a multa. Quem se recusar a fornecer ou não estiver com o CPF em mãos será conduzido até uma delegacia. Pelas normas, quem não quitar a dívida terá o CPF registrado no cadastro da Serasa.
A sujeira da cidade é um dos temas mais criticados por turistas, e o início do ‘Lixo Zero’ é comemorado por representantes do setor hoteleiro. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Alfredo Lopes, diz que a medida agrada não só a turistas, mas aos cariocas que não sujam a cidade.
Tamanho das lixeiras
Imagem: DivulgaçãoPresidente da Associação Comercial do Rio, Antenor Barros Leal também se diz favorável à medida. Mas critica as dimensões das lixeiras à disposição dos pedestres nas ruas, especialmente no Centro. Para ele, o Rio deveria seguir o modelo de cidades da Europa, que adotam cestos mais amplos, que permitem o depósito de objetos maiores.
O presidente da Comlurb defende-se. Segundo ele, as lixeiras laranjas são usadas incorretamente por muita gente, que insiste em depositar objetos maiores do que a capacidade do recipiente. Vinícius Roriz, contudo, afirma que a prefeitura já está planejando a substituição das atuais lixeiras por compartimentos um pouco maiores.
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Fonte: O Globo

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