Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado até agora. Cidade de Potiskum, no nordeste do país, sofre com o terror dos extremistas do Boko Haram
Ao menos 35 pessoas, na maioria jovens estudantes e crianças, foram mortas nesta segunda-feira (10) pela explosão de uma bomba em uma escola de ensino médio na cidade de Potiskum, no nordeste da Nigéria. Ninguém assumiu de imediato a autoria do ataque no Estado de Yobe, um território que convive com a violência de insurgentes do grupo radical islâmico Boko Haram.
Mariam Ibrahim, uma professora escola disse à agência Reuters que a bomba explodiu por volta das 8h00 locais (5h00 de Brasília), quando ela chegava e os alunos participavam da reunião regular da manhã, antes do início das aulas. Yobe é um dos três estados nigerianos onde permanece em vigor o estado de emergência decretado pelo governo da Nigéria devido à violência do grupo terrorista Boko Haram.
Muitos estudantes foram levados para hospitais, por isso teme-se que o número de mortos e feridos seja elevado. “Há muitos corpos de estudantes no chão, com muito sangue”, relatou uma testemunha ao jornal nigeriano ‘The Premium Times’. A mesma cidade já foi vítima de outro atentado há mesmo de dez dias atrás, em 3 de novembro, quando uma bomba explodiu em uma cerimônia religiosa e matou 29 pessoas.
Desde que a polícia matou, em 2009, com o então líder e fundador de Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que se intensificou nos últimos meses. Neste ano, o grupo islamita assassinou cerca de 3.000 pessoas e mais de 12.000 desde 2009, segundo os cálculos do governo nigeriano. O grupo Boko Haram, que significa em línguas locais ‘a educação não islâmica é pecado’, luta para instituir um califado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.
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Fonte: Veja
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