segunda-feira, 27 de julho de 2015

Descoberto colírio que pode curar catarata sem cirurgia




Com exceção dos países desenvolvidos, a catarata reina absoluta como responsável por 47,8% dos casos de cegueira no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), haverão 40 milhões de casos de catarata no planeta até 2020.
A opacidade que toma conta do cristalino, parte do olho responsável pela nitidez da visão, era, até então, só resolvida por meio de uma cirurgia. Agora, cientistas americanos descobriram uma fórmula promissora que, envasada em forma de colírio e usada duas vezes ao dia, substitui a cirurgia e devolve uma visão límpida àquele que sofre com o problema.
Mais comum de acontecer por causa do envelhecimento, os cientistas ainda não entendem bem o motivo de a doença surgir, mas sabem que a névoa característica da catarata é causada por proteinas "grudadas" entre si e que não funcionam como deveriam. Quando estão em pleno funcionamento, essas proteínas - que nada mais são do que o cristalino - mantêm a visão límpida. 
Buscando uma alternativa à cirurgia, cientistas pesquisaram durante anos como essas mutações nas proteínas do cristalino aconteciam, para que pudessem desenvolver uma outra terapia. Aparentemente, conseguiram. Um grupo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveu um colírio depois de descobrir que crianças com uma forma genética de catarata carregavam uma mutação que barrava a produção de lanosterol, um esteroide importante para o corpo humano. Quando os pais não tinham a mesma mutação, a produção de lanosterol era normal e os progenitores não desenvolviam catarata. 
As pesquisas, então, se voltaram ao poder do lanosterol. Foi confirmado, em células humanas dentro de um laboratório, que esse esteroide conseguia reduzir a catarata. Em seguida, os cientistas passaram a testar em coelhos, sempre com sucesso. Envasaram a ideia em um colírio e testaram em cachorros com cataratas - e eles voltaram a enxergar. 
O próximo passo, agora, é começar a testar em humanos, por meio de pesquisas clínicas. Os experimentos devem ser feitos nos próximos dois anos


Fonte: opinião sul

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